COPA DO BRASIL

Glorioso zero a zero

Botafogo segura empate, faz valer a vitória no duelo de ida e despacha o arquirrival dentro de São Janúario. Eliminação freia boa fase do Vasco, que agora terá de focar no Brasileirão e na Sul-Americana

Correio Braziliense
postado em 24/09/2020 00:57
 (crédito: Reprodução/Twitter Botafogo)
(crédito: Reprodução/Twitter Botafogo)

O Botafogo confirmou sua vaga nas oitavas de final da Copa do Brasil ao empatar sem gols com o Vasco, nesta quarta-feira à noite, mesmo atuando em São Januário. A vantagem tinha sido garantida no primeiro jogo, na semana passada, no Engenhão, com a vitória botafoguense por 1 x 0. O Vasco precisava devolver o placar para tentar a vaga nos pênaltis ou ganhar por dois gols de diferença para avançar nos 90 minutos.

Antes do início do Clássico da Amizade, disputado há 97 anos, cada clube havia garantido na competição R$ 5,9 milhões e, agora, o Botafogo assegurou mais R$ 2,6 milhões de premiação por chegar às oitavas. Este valor é suficiente para quitar uma folha de pagamento do clube, estimada em R$ 2 milhões. O adversário sairá em sorteio.

A expectativa do Vasco iniciar mais na frente, diante da necessidade da vitória, rapidamente acabou frustrada pela morosidade com que os dois times se movimentavam em campo. Sob comando do interino Thiago Kosloski, porque Ramon Menezes contraiu covid-19, o Vasco manteve o esquema com três atacantes, desta vez com Ribamar no lugar de Yago Catatau.

O Botafogo manteve seu esquema com três zagueiros e cinco homens no meio-campo. Uma formação que deu ao time o rótulo de campeão dos empates no Campeonato Brasileiro, com sete resultados iguais em dez jogos, com uma vitória e duas derrotas. E, desta vez, o empate serviria para levar a vaga.

O técnico Paulo Autuori só não contou com o atacante Luis Henrique que, à tarde, seguiu para a França onde vai acertar com o Olympique de Marselha. No ataque, estavam o marfinense Kalou e o garoto Matheus Babi, que marcou o gol do clássico anterior no Engenhão.

O time até começou se movimentando bem, aproveitando os espaços deixados pelo adversário na marcação. Mas, depois, valorizou a posse de bola. Os dois goleiros tiveram vida mansa nos primeiros 45 minutos, além de reposições de bolas e tiros de meta.

Rigorosamente só aconteceram dois chutes a gol a favor do Vasco. Aos 37, mesmo de longe, o vascaíno Andrey arriscou o chute forte e Gatito Fernández saltou e mandou para escanteio. Depois, aos 44, Cano chutou de fora da área e Gatito Fernández caiu do lado esquerdo e encaixou sem dar rebote.
O Vasco voltou mudado para o segundo tempo. Na frente, saiu o apagado centrovante Ribamar para a entrada de Vinícius e, no meio-campo, Marcos Júnior ocupou a vaga de Fellipe Bastos, deixando o setor mais leve.

Como esperado, as mudanças deram mais mobilidade ao Vasco. Diante da pressão, o Botafogo se fechou atrás com duas linhas de marcação. Mas, não finalizou. Aos 10 minutos, Benítez arriscou de fora da área e a bola passou perto do travessão.

Apesar da pressão final vascaína, não houve mais nenhum chute a gol. Foram oito minutos de acréscimos e, nos últimos lances, até o goleiro Fernando Miguel foi ao ataque, mas era tarde demais, em São Januário. O Botafogo avança e o Vasco dá adeus ao torneio.

“A gente não trabalha, só tem véspera de jogo, recuperação, véspera de jogo. Profissionais têm que entrar nesta ciranda. É impossível ter bons jogos”

Paulo Autuori, técnico do Botafogo, criticando o calendário

“Entrega não faltou, empenho não faltou. É ruim ser eliminado, mas precisamos seguir, ter uma autocrítica, que a gente sempre tem, do que precisamos evoluir”

Fernando Miguel, goleiro do Vasco


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