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Fla vira e cola na liderança

Jogando melhor no segundo tempo, o rubro-negro carioca bate o Vasco, em São Januário, por 2 x 1 e joga a pressão para cima do líder Atlético-MG. O Gigante da Colina teve gol anulado pelo VAR

Correio Braziliense
postado em 10/10/2020 23:54 / atualizado em 10/10/2020 23:54
 (crédito: Marcelo Cortes/CRF/Fotos Publicas)
(crédito: Marcelo Cortes/CRF/Fotos Publicas)

O Flamengo ampliou para 16 jogos sua série invicta diante do Vasco. Mais uma vez com segundo tempo forte, virou o placar para 2 x 1 em São Januário, ontem, chegou aos 27 pontos e colocou pressão sobre o Atlético-MG.

Em um clássico em que os treinadores apostavam muito em seus centroavantes, foi Bruno Henrique quem decidiu. O atacante flamenguista recebeu lançamento longo, ganhou do goleiro e definiu o terceiro triunfo seguido do time. Todos eles com os gols saindo após o intervalo.

Cano, a esperança vascaína, teve uma finalização perigosa defendida por Hugo Souza e um gol anulado pelo VAR. Pedro, que buscava marcar pelo sexto jogo seguido no Flamengo, passou despercebido.

Agora o Flamengo enfrentará uma maratona de jogos. Serão três nos próximos sete dias. Encara o Goiás, terça-feira, Bragantino, na quinta e o Corinthians, no domingo. O Vasco terá a semana inteira para se preparar para o próximo confronto. Domingo, visita o Internacional e tentará desencantar.

“Algo diferente”
Então há seis jogos sem ganhar, o Vasco entrou em campo pela primeira vez no Brasileirão sem o técnico Ramon Menezes, demitido após a sequência ruim. O interino Alexandre Grasseli tinha a missão de fazer "algo diferente".

Optou por barrar Yago Picachu e apostar em Cayo Tenório na ala direita. Viu sua aposta levar amarelo em menos de um minuto. Mas colheu os frutos aos 8. O lateral roubou a bola de Bruno Henrique, passou como quis por Filipe Luís e serviu Talles Magno: 1 x 0.

Do lado do Flamengo, Léo Pereira estava de volta à defesa e Matheuzinho assumiu a lateral após ida de Isla à seleção chilena No mais, Domenèc Torrent apostando na dupla entre Bruno Henrique e Pedro, que fizeram, juntos, nove gols nos últimos cinco jogos.

Pelo terceiro duelo seguido, porém, o Flamengo fez primeiro tempo ruim. Saiu atrás pela primeira vez, e quase não ameaçou o gol de Fernando Miguel, mostrando apatia enorme em campo nos 45 primeiros minutos.

Para quem queria colocar sombra no líder Atlético-MG, o espírito apresentado até o intervalo foi de um "jogo comum". Os flamenguistas não brigavam pela bola, não davam opção aos companheiros e, por consequência, não chutavam ao gol.

Por outro lado, os vascaínos queriam muito acabar com o jejum de 15 jogos no clássico e retomar o caminho das vitórias no Brasileirão após seis jogos sem triunfos. Se não eram brilhantes, mostravam superação pela garra e disposição.

Domenèc arrumaria o Flamengo? Ou o Vasco repetiria as boas atuações defensivas das rodadas iniciais? A resposta veio no primeiro lance ofensivo da etapa final. Diego cobrou falta na área e Léo Pereira empatou, de cabeça, com dois minutos. Leandro Castan, também em cabeceio, quase colocou o Vasco novamente em vantagem. Parou em Hugo Souza no minuto seguinte ao gol flamenguista.

Em seguida, lançamento preciso de Thiago Maia para Bruno Henrique. O atacante ganhou disputa com o goleiro e virou o placar aos 24 minutos. A bola ainda bateu na trave antes de entrar.

O Vasco, desesperado, saiu com tudo ao ataque atrás do empate. Grasseli encheu o time de atacantes e o time até empatou, aos 39 Mas Parede estava impedido antes de servir Cano. Marcos Júnior ainda errou um cabeceio. O Flamengo se fechou e festejou mais uma vitória no Brasileirão.

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Tricolor quebra tabu contra Palmeiras

 (crédito: Twitter oficial do São Paulo)
crédito: Twitter oficial do São Paulo

O tabu chegou ao fim. Com um gol de Reinaldo, de pênalti, e outro de Vitor Bueno nos acréscimos, o São Paulo superou o Palmeiras por 2 a 0, neste sábado, pelo Brasileirão, e ganhou pela primeira vez no Allianz Parque — foi a décima vez que os times se enfrentaram no estádio. O resultado traz alívio para o técnico Fernando Diniz e joga a pressão para o lado de Vanderlei Luxemburgo.

O triunfo mantém o São Paulo na luta pelas primeiras posições na tabela, com 26 pontos e em terceiro lugar, sem perder de vista Atlético-MG e Flamengo. O Palmeiras fica quatro pontos atrás do rival, fora do G4, em quinto lugar, com 22.

O clássico começou com os dois times buscando pressionar na saída de bola. O São Paulo, um pouco mais acostumado ao estilo de Fernando Diniz, tinha mais facilidade na transição defesa para o ataque. O Palmeiras se complicava um pouco. E quase viu o rival abrir o placar em uma roubada de bola de Luan na entrada da área. Brenner finalizou para fora.

A opção de Luxemburgo por congestionar o meio de campo com Patrick de Paula, Zé Rafael, Lucas Lima e Raphael Veiga fez o time perder um pouco de profundidade. As jogadas pelo lado do campo, tão importantes, se limitavam ao lado esquerdo, com Wesley. Muito pouco para incomodar Tiago Volpi.

O São Paulo teve mais uma chance com Igor Gomes, em cabeçada que assustou Jailson, mas depois o Palmeiras equilibrou o clássico. O primeiro chute (e único na etapa inicial) que fez Volpi trabalhar saiu do sempre calibrado pé esquerdo de Patrick de Paula. O problema é que, por causa da configuração escolhida por Luxemburgo, o time, quase sempre, insistia pela região central. A opção facilitava o trabalho de destruição da equipe de Fernando Diniz.

Apesar da pouca emoção dos primeiros 45 minutos, os treinadores não trocaram peças no intervalo. Fernando Diniz, no entanto, fez uma mudança tática que fez o time abrir o placar. O São Paulo passou a jogar pelas laterais. Igor Vinícius recebeu passe de Daniel Alves e foi derrubado por Esteves na área: pênalti. Reinaldo cobrou com força, sem chances para Jailson.

Luxemburgo demorou apenas dois minutos para mexer na equipe após o gol. E foram três mudanças, todas no setor ofensivo: Gustavo Scarpa, Luiz Adriano e Gabriel Veron. O São Paulo, de imediato, recuou. Benner passou a ser o jogador mais adiantado na intermediária defensiva. O técnico do Palmeiras fez mais duas substituições e, logo depois, Luan se lesionou. Sem opção, o zagueiro foi fazer apenas número no ataque.

Fernando Diniz colocou Toró e Vitor Bueno para matar o jogo no contra-ataque e encontrou o que buscava. Placar de 2 a 0 que encerrou o tabu no Allianz Parque e garantiu o time invicto contra os rivais no ano.

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