CHAMPIONS LEAGUE

Dos filhos deste solo és mãe gentil

Temporada 2020/21 começa hoje com 80 jogadores nascidos no Brasil. Brasiliense Reinier é um deles. Risco da segunda onda da pandemia atormenta o torneio com decisão prevista para maio, em Istambul

Danilo Queiroz
postado em 20/10/2020 00:35
 (crédito: MANU FERNANDEZ)
(crédito: MANU FERNANDEZ)

A constelação brasileira estará em massa na nova temporada do torneio de clubes mais estrelado do futebol mundial — a Champions League. Em alta e prestigiados, os jogadores nascidos no país terão representantes nos oito grupos da principal competição europeia. Em meio à pandemia do novo coronavírus e sem sinal de vacina em curto prazo, a maratona pelo título larga hoje e está prevista para terminar em 29 de maio, em Istambul, na Turquia. Ao todo, são 80 atletas com RG verde-amarelo inscritos em 28 dos 32 times aptos a disputar a Orelhuda. O levantamento do Correio inclui 11 nascidos no país naturalizados para defender outros países.

Os nomes são os mais variados possíveis e vão desde os conhecidos Neymar, vencedor da edição 2014/2015 com o Barcelona e finalista na temporada 2019/2020 com o Paris Saint-Germain, Casemiro, tetracampeão da Champions League com a camisa do Real Madrid, e Douglas Costa — reforço do atual campeão Bayern de Munique —, a atletas menos conhecidos como Wanderson, Junior Brumado e Dalbert. Eles atuam, respectivamente, nos debutantes Krasnodar (Rússia), Midtjylland (Dinamarca) e Rennes (França).

A capital brasileira na Liga dos Campeões, mais uma vez, será Donetsk, na Ucrânia. Conhecido por ser uma das portas de entrada dos jogadores tupiniquins na Europa, o Shakhtar, time que representa a cidade ucraniana e está no grupo B, novamente carregará a tradição do idioma português no elenco. A equipe é, com folga, recordista de brasileiros na competição europeia. Ao todo, são 13 jogadores oriundos do Brasil no elenco. Sorteado na mesma chave na disputa, o Real Madrid é o segundo, com cinco.

Além dos brasileiros, não faltam atrativos na temporada 2020/2021. A fase de grupos terá, por exemplo, o aguardado duelo entre Cristiano Ronaldo e Lionel Messi por Juventus e Barcelona; e a utilização do Árbitro de Vídeo (VAR) desde o início. Assim como no fim da última edição, a competição sofrerá os impactos provocados pela pandemia do coronavírus. Um deles é a realização de jogos sem público. A Uefa tinha a expectativa de liberar 25% da capacidade dos estádios, mas o receio dos países europeus com o avanço da pandemia deve brecar o plano. A final está prevista para 29 de maio, no estádio Atatürk Olympic Stadium, em Istambul, na Turquia.

Conheça as chaves e os brasileiros

Grupo A
Atlético de Madrid (Espanha)
Renan Lodi (lateral-esquerdo), Felipe (zagueiro) e Diego Costa (atacante naturalizado espanhol)
Bayern de Munique (Alemanha)
Douglas Costa (atacante)
Lokomotiv Moscou (Rússia)
Guilherme (goleiro naturalizado russo) e Murilo (zagueiro)
Red Bull Salzburg (Áustria)
Carlos Coronel (goleiro) e André Ramalho (zagueiro)

Grupo B
Borussia M’Gladbach (Alemanha)
não tem
Internazionale
não tem
Real Madrid (Espanha)
Militão (zagueiro), Casemiro (volante), Marcelo (lateral-esquerdo), Rodrygo (atacante) e Vinicius Jr. (atacante)
Shakhtar Donetsk (Ucrânia)
Dodô (lateral-esquerdo), Ismaily (lateral-esquerdo), Vitão (zagueiro), Tetê (meia), Marcos Antônio (meia), Maycon (meia), Alan Patrick (meia), Marquinhos Cipriano (atacante), Taison (atacante), Dentinho (atacante), Marlos (atacante naturalizado ucraniano), Júnior Moraes (atacante naturalizado ucraniano) e Fernando (atacante).

Grupo C
Manchester City (Inglaterra)
Ederson (goleiro), Fernandinho (meia) e Gabriel Jesus (atacante)
Olympiacos (Grécia)
Rafinha (lateral-direito) e
Bruno Felipe (meia)
Olympique de Marselha (França)
Luis Henrique (atacante)
Porto (Portugal)
Pepe (zagueiro naturalizado português), Otávio (meia), Felipe Anderson (meia) e Evanílson (atacante)

Grupo D
Ajax (Holanda)
Giovanni Manson (meia), David Neres (atacante) e Antony (atacante)
Atalanta (Itália)
Rafael Tolói (zagueiro)
Liverpool (Inglaterra)
Alisson (goleiro), Fabinho (meio campista), Thiago Alcântara (meia naturalizado espanhol) e Roberto Firmino (atacante)
Midtjylland (Dinamarca)
Paulinho (lateral-esquerdo), Evander (meia) e Júnior Brumado (atacante)

Grupo E
Chelsea (Inglaterra)
Thiago Silva (zagueiro), Emerson Palmieri (lateral-esquerdo naturalizado italiano) e Jorginho (volante italiano)
Krasnodar (Rússia)
Wanderson (meia), Kaio (meia) e Ari (atacante naturalizado russo)
Rennes (França)
Dalbert (lateral-esquerdo)
Sevilla (Espanha)
Diego Carlos (zagueiro) e Fernando (volante)

Grupo F
Borussia Dortmund (Alemanha)
Reinier (atacante)
Brugge (Bélgica)
não tem
Lazio (Itália)
Luiz Felipe (lateral-direito), Lucas Leiva (volante) e Andreas Pereira (meia)
Zenit (Rússia)
Douglas Santos (lateral-esquerdo), Wendel (volante), Malcom (atacante)

Grupo G
Barcelona (Espanha)
Neto (goleiro), Matheus Fernandes (volante) e Philippe Coutinho (atacante)
Dínamo de Kiev (Ucrânia)
Clayton (atacante)
Ferencváros (Hungria)
Somália (meia) e Isael (atacante)
Juventus (Itália)
Alex Sandro (lateral-esquerdo), Danilo (lateral-direito) e Arthur (volante)

Grupo H
Istanbul Basaksehir (Turquia)
Rafael (lateral-direito), Júnior Caiçara (lateral-direito) e Giuliano (meia)
Manchester United (Inglaterra)
Alex Telles (lateral-esquerdo) e Fred (volante)
Paris Saint-Germain (França)
Marquinhos (zagueiro), Neymar (atacante) e Rafinha (atacante)
Red Bull Leipzig (Alemanha)
não tem

É um pouquinho de Brasil...

Seis curiosidades sobre o elenco tupiniquim na Liga dos Campeões

1. Fábricas de talentos
Os clubes brasileiros que mais formaram jogadores tupiniquins inscritos na Champions League são Santos e Fluminense, com sete cada. Grêmio e Athletico-PR, com cinco, estão bem posicionados na lista. Times mais periféricos como Barcelona Esportivo-SP, Desportivo Brasil-SP e Bangu-RJ também aparecem.

2. Times sem brazucas
Tradicionalmente, os brasileiros possuem bastante prestígio na Champions League. Porém, ainda há aqueles times que optam por não apostar no talento verde-amarelo na principal competição de clubes da Europa. Na edição 2020/2021, são quatro: Borussia Mönchengladbach, Internazionale, Club Brugge e RB Leipzig.

3. Brasileiros, mas nem tanto
Dos 80 inscritos na competição, 11 optaram por se naturalizar e obter a cidadania de outras nações durante a carreira. Há casos ainda de atletas que, apesar do RG brasileiro, jamais atuaram no país de origem como Andreas Pereira, Thiago Alcântara, Rafinha Alcântara e Jorginho.

4. Os papa-títulos
O lateral-esquerdo Marcelo e o volante Casemiro, ambos do Real Madrid, são os brasileiros com mais títulos da Champions League e conquistaram a principal competição do continente europeu em quatro oportunidades com a camisa merengue. Outros 70 atletas buscam a honraria pela primeira vez.

5. Maior goleador
O principal artilheiro tupiniquim na Champions League também estará em campo nesta temporada. Astro do Paris Saint-Germain, Neymar balançou as redes em 35 oportunidades com as camisas do time francês e do Barcelona. O atacante também é quem mais deu assistências. Ao todo, foram 24.

6. Quem mais jogou
Naturalizado português, o zagueiro Pepe é o nome da lista com maior número de jogos. Ao todo, o jogador atuou na competição em 98 oportunidades por Real Madrid, Porto e Besiktas. Ele tem tudo para chegar ao 100º jogo nesta temporada. O lateral-esquerdo Marcelo vem em segundo com 97 participações.

 

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