O primeiro tempo do Atlético, ontem, era de manual: posse de bola, segurança defensiva e vantagem. O segundo, porém, foi para esquecer. Após abrir o placar com Savarino, o time alvinegro sofreu um apagão em Pituaçu, sofreu a virada e viu o Bahia vencer por 3 x 1, com gols de Daniel e Gilberto (2), em partida válida pela 17ª rodada do Campeonato Brasileiro.
Escrever crônicas das partidas do Atlético sem repetir termos, análises e expressões tem sido tarefa árdua. Afinal, o time alvinegro — nas vitórias e nas derrotas — tem sido o protótipo ideal do que quer Jorge Sampaoli: ofensivo, agressivo na marcação e dominante na maior parte do tempo. Contra o Bahia, não foi diferente.
E a declaração de Juninho Capixaba ao SporTV ao fim do primeiro tempo é prova disso: “A gente não conseguiu encaixar o jogo. O esquema deles é difícil de marcar. Eles colocam muitos jogadores na linha da frente”, disse, ofegante, o lateral tricolor que marcou Jefferson Savarino.
Foi dos pés do venezuelano que saiu o único gol da etapa inicial. Aos 20 minutos, o atacante aproveitou passe do “centroavante” Réver e, de dentro da área, concluiu com precisão: 1 x 0.
Para a etapa final, o técnico Mano Menezes (que, suspenso, acompanhou o jogo das tribunas) abandonou o esquema sem centroavante e colocou Gilberto em campo na vaga do volante Edson. As tentativas de mudar o cenário da partida continuaram com as entradas de Marco Antônio e Daniel na equipe.
O empate tricolor veio num lance fortuito, originado em bola parada. Aos 23 minutos, Gilberto cobrou falta com força, e Everson espalmou para o centro da área. Na sobra, Gregore ajeitou de cabeça para Daniel finalizar para o gol: 1 x 1. Apenas quatro minutos depois, Marco Antônio quase virou o jogo, mas parou em defesa espetacular do goleiro alvinegro. Daí em diante, a partida ficou aberta, com boas oportunidades para os dois lados.
Numa bobagem de Guga — que recuou mal para Everson —, Gilberto se antecipou, driblou o goleiro, teve calma para fintar Igor Rabello e chutar para o gol aberto. Virada tricolor: 2 x 1. Sampaoli tentou modificar a equipe e lançá-la ao ataque. A estratégia, porém, deu errado. Num novo contra-ataque, o centroavante do Bahia saiu frente a frente com o goleiro e deu números finais ao jogo, em Pituaçu: 3 x 1.
Botafogo
Após ter feito um bom primeiro tempo e uma etapa complementar nem tão intensa, o Botafogo não saiu de um empate sem gols diante do lanterna Goiás, no Estádio Nilton Santos.
O time goiano, com o resultado, leva um ponto fora de casa, mas continua na lanterna, com apenas 11 pontos, com duas vitórias, cinco empates e oito derrotas. Já são sete jogos sem triunfar. O Botafogo, por outro lado, soma 19 e figura no 13º posto da classificação do Brasileirão.
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Ministra Damares cobra prisão de Robinho
A ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, pediu ontem, que o jogador Robinho, condenado na Itália por violência sexual contra uma mulher embriagada, seja preso “imediatamente”.
“Cadeia imediatamente, não tenho outra palavra para falar. Ainda cabe recurso, mas o vazamento dos áudios, gente. Querem mais o quê? Cadeia. Nenhum estuprador pode ser aplaudido. O cara quer voltar para o campo para posar como herói”, disse a ministra, ao chegar no Palácio do Planalto para um evento com o presidente Jair Bolsonaro sobre tratamentos para a covid-19.
A ministra disse acreditar que o Santos agiu certo ao rescindir o contrato com Robinho, que havia acertado seu retorno ao time no último dia 10. Robinho foi condenado em primeira instância, mas recorreu e diz ser inocente. No estágio atual do processo, ele não pode ser preso no Brasil. Se a condenação for mantida, Brasil e Itália deverão chegar a um acordo sobre o cumprimento da pena.
“O clube já reviu, e parabéns ao Santos por ter rescindido. Eu sei que ainda cabe recurso, mas acho que está muito claro. O vazamento dos áudios está muito claro, a forma como isso chegou para nós”, declarou Damares. “Esse é um crime que não merece nenhuma consideração ao abusador, ao estuprador. A gente não tem de fazer concessão com esse tipo de crime. Tem de cumprir a pena que é estabelecida, ou lá ou aqui, imediatamente”.