Há um ano, o Flamengo vivia seu mês de novembro dos sonhos. Em um intervalo de 24 horas, comemorou a conquista da Libertadores e do Brasileirão. Hoje, às 19h, diante do Coritiba, entra em campo sob desconfiança por causa dos recentes tropeços, queda na Copa do Brasil e o sumiço do futebol que encantou o país. No Maracanã, precisa ganhar para assumir a liderança do Nacional ou mergulhar na crise.
Os flamenguistas não andam nada contentes com a equipe e fazem ameaças. Na sexta-feira, se reuniram com os dirigentes para “exigir empenho”. As faixas de apoio no Maracanã foram trocadas por cobranças. “Queremos respeito e comprometimento. Honrem a camisa”, é o que os jogadores verão nas arquibancadas. O clima esquentou após goleadas recentes e as duas derrotas diante do São Paulo nas quartas de final da Copa do Brasil. São quatro jogos sem ganhar.
Depois de encantar o país em 2019, o Flamengo iniciou esta temporada apontado novamente como grande favorito a conquistar tudo. Mas, a história não se repetiu. Jorge Jesus foi embora e parece ter levado o brilho junto. O espanhol Domenèc Torrent chegou e nunca foi unanimidade. Jamais teve o grupo na mão e o futebol foi bem aquém do esperado.
Rogério Ceni chegou sob enorme expectativa em fazer renascer o futebol ofensivo e envolvente. Dirigiu a equipe em três rodadas e não ganhou nenhuma. Já está sendo cobrado. Terá de iniciar sua volta por cima no Flamengo diante do Coritiba. E com muitos desfalques. Filipe Luís, Diego, Gabriel, Pedro, Rodrigo Caio e Thiago Maia estão fora do jogo por causa de lesões. O volante deve até passar por cirurgia no joelho. Os zagueiros Natan e Gustavo Henrique estão suspensos.
Ceni disse que o Flamengo está abalado psicologicamente. Sem tempo para treinos, terá de colocar a cabeça dos jogadores no lugar em campo. Rodrigo Muniz, emprestado ao Coritiba, teve seu retorno pedido pelo treinador e pode até aparecer no ataque rubro-negro hoje à noite.
Santos sonha com “vice”
O Santos quer aproveitar o Brasileirão mais disputado dos últimos anos para sonhar alto e vai atacar o Athletico-PR, às 19h, na Arena da Baixada, em Curitiba. Mesmo com a LDU na cabeça, a missão é manter a boa fase. O time pode até terminar o dia na segunda colocação da competição. Desde que vença em Curitiba e os rivais Flamengo e Palmeiras não ganhem. Ainda sem o técnico Cuca, em repouso após ser internado por causa da covid-19, o Santos deve ter o retorno de Soteldo. Mas, é possível que poupe Marinho. De volta após atuar nas Eliminatórias, o venezuelano deve liderar a equipe.
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Palmeiras testa sequência de vitória contra o lanterna
Ganhar do lanterna e encostar no topo da tabela. Para um time invicto há nove jogos e vindo de quatro vitórias seguidas no Brasileirão, uma missão não tão complicada. Mas, o Palmeiras terá um imenso adversário além do Goiás, às 21h, na Serrinha: entrará em campo com dois times de desfalques, 18 jogadores por causa do surto de covid-19.
O técnico Abel Ferreira terá de se desdobrar para mandar uma equipe competitiva a campo. Apenas na sexta-feira, ele ganhou mais cinco problemas por causa do vírus. Raphael Veiga e Willian foram os novos titulares infectados. Também testaram positivo Breno Lopes, Aníbal e Alan.
Dos 15 infectados anteriormente, apenas Gabriel Menino e Luan foram liberados. Os demais seguem em isolamento. São 18 afastados. A situação se agrava ainda mais com Wesley, Felipe Melo e Luan Silva machucados e Zé Rafael suspenso.
Perder Raphael Veiga estava fora dos planos . O meia vinha sendo o diferencial dos últimos jogos. Além das boas apresentações, foram cinco gols nas três últimas partidas. Lucas Lima o substituirá.
Luiz Adriano iniciará o duelo. Será o responsável pelos gols do Palmeiras. Ganhar significa entrar de vez na briga pelo título, pois a distância para o líder Atlético-MG está em apenas quatro pontos.