O São Paulo acordou no segundo tempo, marcou três gols e ganhou do Bahia por 3 x 1, ontem, na Arena Fonte Nova, em Salvador, pela 23ª rodada do Brasileirão. A vitória deixa o time do Morumbi na cola do líder Atlético-MG, com dois jogos a menos e a um ponto do rival mineiro.
O São Paulo tem o melhor aproveitamento do Brasileirão, 65,1% dos pontos, e vai igualar o número de jogos do Atlético-MG nas próximas duas semanas. Após empatar com Vasco e Ceará nas últimas partidas, o time tricolor voltou a vencer e acirra a disputa pela ponta da tabela. Já o Bahia, ainda sem contar com o técnico Mano Menezes na beira do gramado (covid-19), ocupa o 12º lugar, com 28 pontos.
O primeiro gol de Luciano foi de bicicleta, aos seis minutos do segundo tempo. Reinaldo cobrou lateral na área, Ernando e Juninho se atrapalharam, e o atacante acertou a finalização na saída do goleiro Douglas. O São Paulo tinha voltado melhor do intervalo, depois de uma etapa inicial com mais paralisações do que jogadas perigosas.
A melhora do São Paulo passou muito pelas mudanças do técnico Fernando Diniz. O time retornou para o segundo tempo com Tchê Tchê e Vitor Bueno nos lugares de Juanfran e Léo, ficando bem mais ofensivo. O São Paulo continuou a pressão após abrir o placar e não demorou para ampliar, aos 20, quando Arboleda aproveitou cruzamento na medida de Reinaldo, subiu sozinho e mandou de cabeça para o fundo da rede.
Pouco antes de sofrer o segundo gol, o Bahia havia feito três substituições. Não deu nem tempo de ver se as mexidas mudariam a postura do time comandado pelo auxiliar Cláudio Prates. Sem seu treinador à beira do campo e com diversos desfalques, a equipe teve poucas chances na partida e segue no meio da tabela, mais perto da zona de rebaixamento do que do G-6.
O São Paulo marcou o terceiro, novamente com Luciano. E novamente com assistência de Reinaldo, outro destaque da equipe em Salvador. O lateral cruzou rasteiro e o atacante emendou de primeira, no cantinho de Douglas. O Bahia ainda descontou com Clayson, aos 35, mas já era tarde para buscar ao menos o empate.
Depois da partida, Luciano comentou o resultado. “Jogar aqui (em Salvador) é difícil, como foi difícil contra o Ceará, são três pontos importantes. No primeiro tempo, apesar de não ter o gol, controlamos o jogo. No segundo, fizemos o gol e saimos com os três pontos importantes aqui”, disse o centroavante tricolor.
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Palmeiras goleia rival desfigurado
Em um jogo afetado diretamente pela covid-19, o Palmeiras dominou o desfalcado Athletico-PR e venceu por 3 x 0, ontem, no Allianz Parque, pela 24ª rodada do Brasileirão. Rony, com passagem pelo rival paranaense, marcou duas vezes e foi o destaque na reabilitação do time paulista, que vinha de uma inesperada derrota para o lanterna Goiás, na rodada passada.
Ontem, o Palmeiras jogou reforçado por jogadores antes afastados por covid-19, como Luan, Viña, Gustavo Scarpa e Gabriel Veron. Porém, momentos antes do jogo, a comissão técnica anunciou mais duas baixas pelo novo coronavírus: Marcos Rocha e Renan. Assim, Abel Ferreira escalou Gabriel Menino em sua posição de origem, na lateral direita, no lugar de Marcos Rocha.
Do outro lado, o Athletico jogou com uma formação desfigurada, com reservas em campo e até atletas da base no banco.
Mais sólido, o Palmeiras não encontrou dificuldades para se impor. Aos sete minutos, abria o placar em bela jogada coletiva do seu meio-campo. A jogada teve início com Gustavo Scarpa e assistência de Lucas Lima, em perfeito passe para Patrick de Paula.
No segundo, Rony aproveitou rebote e empurrou a bola para o fundo da rede praticamente em cima da linha. Aos 4 da etapa final, o Palmeiras chegava ao terceiro gol. Gabriel Menino cobrou escanteio na área, Rony subiu mais que a zaga na primeira trave e cabeceou no canto: 3 x 0.
Santos vence na volta de Cuca
Recuperado da covid-19, o técnico Cuca voltou a dirigir o Santos em campo após 19 dias. E foi decisivo para a vitória santista diante do Sport. Depois de a equipe abrir 2 x 0 e ver o rival empatar, o treinador mexeu na equipe e dois substitutos entraram na etapa final para definir o 4 x 2, na Vila Belmiro, pelo Brasileirão.
O treinador santista revelou que teve problemas no pulmão e hepatite durante o período com a covid-19. Levou mais tempo para voltar, mas garantiu que está bem e pronto para dirigir o clube nos duelos decisivos da Libertadores e no Campeonato Brasileiro.
O jogo começou com a polêmica dos pênaltis por mão na bola. Marinho cobrou falta para a área e a bola acabou batendo na mão do defensor, que nem viu. O VAR chamou o árbitro e decidiu pelo pênalti. Marinho ajeitou e abriu o marcador na Vila Belmiro.
O Santos chegou ao segundo logo depois. A arbitragem marcou impedimento e mais uma vez a decisão ficou para o VAR. O sistema eletrônico confirmou o gol. Júnior Tavares dava condição para Lucas Veríssimo, que tocou para Lucas Braga ampliar.
O Santos abriu mão de marcar pressão muito cedo no jogo e deixou de ameaçar Lucas Polli. Numa cobrança de lateral, viria o primeiro gol dos visitantes. Mugni bateu rápido para Patric. O lateral passou pela marcação e rolou para Marquinhos descontar. O empate veio aos 45. Mugni ganhou de Pará e cruzou. Barcia, sozinho, cabeceou no contrapé.
No segundo tempo, Cuca resolveu apostar em novo menino da Vila. Bruno Marques, de 1,94m, foi chamado. Com um grandalhão na área, a esperança era um gol no chuveirinho. O técnico colheu os frutos com cinco minutos. Marinho cruzou e Bruninho, como é chamado, cabeceou para as redes do Sport. Em outro lance, Soteldo tocou para Marinho sofrer pênalti. O venezuelano bateu e consolidou o triunfo alvinegro.