Símbolo da campanha do tricampeonato da Itália na Copa do Mundo de 1982, o centroavante Paolo Rossi morreu, ontem, aos 64 anos. A notícia foi publicada primeiro pela tevê italiana RAI. Até o fechamento desta edição não havia informação sobre a causa do falecimento do carrasco do Brasil no Mundial da Espanha. Eleito Bola de Ouro pela revista France Football, Paolo Rossi deixa a mulher Federica Cappelletti, com quem era casado desde 2010, e três filhos: Sofia Elena, Maria Vittoria e Alessandro.
Há 38 anos, Paolo Rossi entrou para a nossa história ao marcar os três da vitória por 3 x 2 sobre o Brasil, de Telê Santana, nas quartas de final da Copa de 1982. O atacante não havia balançado a rede na fase de grupos contra Polônia, Peru e Camarões nem no duelo com a Argentina na abertura de um dos triangulares das quartas de final. Desencantou justamente na partida contra o Brasil marcando três vezes.
Dali em diante, virou o personagem daquela Copa. Fez dois gols na vitória por 2 x 0 sobre a Polônia nas semifinais e mais uma na decisão do título contra a Alemanha, no Santiago Bernabéu, em Madri. A Squadra Azzurra venceu o jogo por 3 x 1 e a Itália conquistou o caneco.
Paolo Rossi nasceu em Florença. Começou a carreira na Juventus e virou símbolo do clube. Foi bicampeão italiano (1982 e 1984), levou a Velha Senhora ao título da Copa dos Campeões da Europa, atual Champions League, em 1985. Passou por Vicenza, Milan e Verona, onde encerrou a carreira em 1987.
Rossi também era polêmico. Esteve no centro do escândalo chamado Totonero. Foi suspenso por três anos quando defendia o Perugia, acusado de envolvimento em um escândalo de manipulação de resultado. A pena foi reduzida e permitiu que ele fosse convocado para a Copa de 1982. Pior para o Brasil, que viu a Seleção de Telê ser despachada por Paolo Rossi e companhia.
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