A mineira Poliana Sousa herdou a medalha de prata do lançamento de dardo nos Jogos Parapan-Americanos de Lima (Peru), em 2019, na classe F54 (cadeirantes com baixo controle de tronco). A brasileira se beneficiou da suspensão de quatro anos por doping da norte-americana Sebastiana Lopez, decretada pelo Comitê Paralímpico Internacional (IPC, sigla em inglês).
Segundo o IPC, o exame de Lopez, feito em 26 de agosto do ano passado durante o Parapan de Lima, detectou a substância proibida GW501516, classificada pela Agência Mundial Antidoping (Wada) como modulador hormonal e metabólico. A norte-americana teve todos os resultados obtidos em Lima desconsiderados, inclusive o recorde mundial no lançamento do disco. Ela só poderá voltar a competir em 4 de setembro de 2023.
A prova do lançamento do dardo na classe F54 foi vencida pela colombiana Yanive Martínez. Com a punição a Lopez, a chilena Francisca Mardones herdou a medalha de bronze.
Natural de Uberaba (MG), Poliana lesionou a coluna aos quatro anos, após um atropelamento. Na Associação do Deficientes Físicos da cidade em que nasceu (Adefu), conheceu várias modalidades adaptadas, apaixonando-se pelo atletismo. Participou das Paralimpíadas de 2008 (Pequim, na China) e 2016 (Rio de Janeiro). Na última edição dos Jogos, foi a quinta do arremesso de peso e a sexta do lançamento de dardo.
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