Vasco

Apresentado, Luxa exalta desafio contra a degola

“Não sou covarde”. Foi assim que o técnico Vanderlei Luxemburgo justificou a decisão de aceitar a proposta do Vasco para dirigi-lo na reta final do Campeonato Brasileiro. O treinador foi anunciado para o cargo na última quinta-feira, iniciou o trabalho no sábado e, ontem, concedeu a primeira entrevista coletiva, no CT do Almirante, onde deu a declaração.

Luxemburgo havia definido o acerto com o Vasco como uma “convocação”. Ele vai dirigir o time nas 12 rodadas finais do Brasileirão, sendo que a equipe está na zona de rebaixamento. A diretoria demitiu o português Ricardo Sá Pinto e recebeu a recusa de Zé Ricardo, antes de fechar com Luxemburgo.

“Nesse momento muito difícil, as pessoas podem não querer aceitar, com medo de manchar a carreira, mas não sou covarde. Não foi um convite, foi uma convocação. É uma experiência nova de dirigir 12 jogos, mas estou me colocando à disposição do Vasco. O pensamento é a manutenção do Vasco na primeira divisão”, afirmou.

A estreia de Luxemburgo será na quinta-feira, quando o time visitará o Atlético-GO. O treinador destacou que o primeiro objetivo é melhorar o desempenho do sistema defensivo, que sofreu 39 gols em 26 jogos. Na frente, seguirá a aposta no faro de Germán Cano.

“O Vasco tem 12 jogos decisivos. O primeiro ponto é não tomar gol. Não tomando gol, você partiu do resultado de empate. Se vencer três jogos, ganha nove pontos, que acrescentam muito. Se o time puder ser reativo, vai ser. Se puder ser pró-ativo, vamos fazer. Gol vai sair, até porque temos um goleador que bota a bola para dentro se ela chegar”, disse.

Na apresentação, Luxemburgo apontou a importância dos confrontos diretos na briga contra o rebaixamento. E três serão disputados em sequência: depois de encarar o Atlético-GO, Botafogo e Coritiba serão os rivais seguintes do Vasco. “Temos cinco jogos de confronto direto. Vamos pensar nisso, a nossa manutenção passa muito por esses jogos”, argumentou.