Cerrado vence o clássico contra Brasília pela segunda vez no NBB

Com a vitória, o estreante Cerrado chega à zona de classificação para os playoffs do NBB; enquanto o Brasília amarga a lanterna

Maíra Nunes
postado em 11/02/2021 23:51 / atualizado em 11/02/2021 23:51
 (crédito: MINERVINO JUNIOR                    )
(crédito: MINERVINO JUNIOR )

O dia em que Brasília e Cerrado disputaram o primeiro clássico candango do Novo Basquete Brasil (NBB) em Brasília ficará eternizado como uma data marcada pela saudade. Nesta quinta-feira (11/1), Laurindo Miura, técnico consagrado no Distrito Federal que ficou conhecido por lançar talentos como Oscar Schmidt, morreu, aos 68 anos, em decorrência de complicações em uma cirurgia no rim. Muito querido, o mestre de várias gerações do basquete local recebeu muitas homenagens.

No ginásio da Asceb não foi diferente. O jogo da noite foi antecedido por um minuto de silêncio. Em quadra, melhor para a equipe estreante na competição, que desbancou o time que leva o nome da cidade, por 73 x 86, pela segunda vez na temporada 2020/2021 — no primeiro duelo entre os dois, disputado em janeiro, em São Paulo, o Cerrado venceu por 97 x 85.

Na Asceb, o confronto começou prometendo equilíbrio de clássico. Mas, ainda no primeiro quarto, o Cerrado abriu boa vantagem: 15 x 26. No último lance da parcial, o estreante do NBB ganhou a posse de bola restando 29 segundos para zerar o cronômetro. O elenco gastou todo o tempo permitido até arremessar, mas a bola não entrou. O rebote parou nas mãos de Nezinho, que disparou no contra-ataque, deu um belo drible no adversário ao entrar no garrafão e fechou a jogada com uma bandeja. Além de bonita, a cesta o aproximou de uma marca importante na carreira.

Aos 40 anos, o armador Welington Reginaldo dos Santos, mais conhecido como Nezinho, ultrapassou os 5 mil pontos na principal competição do basquete nacional. Com sete pontos e três assistências na partida, o jogador com longa história em Brasília é o nono maior cestinha do NBB, com 5.001 pontos. A lista é liderada pelo norte-americano Shamell, com 7.977.

No decorrer do jogo, as defesas melhoraram. Enquanto Sammy Yeager e Nezinho tentavam fazer o Brasília reagir, o trio formado por Paulo, Crescenzi e Lucas Lima se ocupavam em potencializar o setor ofensivo do Cerrado. Mesmo com um placar mais enxuto no segundo quarto, o elenco comandado por Bruno Lopes ampliou a vantagem, fechando o primeiro tempo com 18 pontos na frente: 26 x 44.

Os ajustes realizados pelo técnico Ricardo Oliveira surtiram efeito na volta do intervalo. Liderado por Sammy, o Brasília foi melhor no terceiro quarto e tirou oito pontos de desvantagem no placar. Apenas nesse período, ele anotou 14 pontos, 4 rebotes e 3 assistências. Mas restava ainda uma diferença considerável para os 10 minutos restantes, quando a partida estava 54 x 66.

O Cerrado soube administrar e jogar com o tempo a seu favor. O time venceu a última parcial por apertados 19 x 22, conquistando a sétima vitória na liga em 21 jogos. Com 33,3% de aproveitamento, o representante mais novo do DF subiu para a 12ª posição, entrando na zona de classificação para os playoffs. O próximo compromisso do time é em 24 de fevereiro, às 20h, contra o Mogi, no Ginásio Professor Hugo Ramos (SP).

Já o Brasília até contou com um desempenho excelente do Sammy Yeager, que terminou como cestinha do jogo, com 27 pontos, além de seis rebotes. Ainda assim, o time amargou a 18ª derrota em 21 partidas. Com apenas 14,3% de aproveitamento, é o lanterna do torneio.

''Erramos na defesa, mas tivemos um bom terceiro quarto, que nos colocou novamente na partida. Isso nos deu um ânimo, mas infelizmente não foi o suficiente. Agora é trabalhar forte, rever a partida e corrigir o que a gente errou para não acontecer mais. O grupo está bem, melhoramos na parte defensiva, mas precisamos crescer ainda mais nesse setor'', comentou o norte-americano Eric Laster, que anotou 18 pontos.

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