O Comitê Olímpico Internacional (COI) anunciou ontem um acordo com a China para produção de vacinas para atletas e equipes que vão participar dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio, neste ano, e dos Jogos Olímpicos de Inverno, em Pequim, no início de 2022.
“Somos muito gratos por esta oferta (da China), que é uma demonstração do verdadeiro espírito olímpico da solidariedade”, disse o presidente do COI, Thomas Bach. Sem entrar em detalhes de custos e valores, o dirigente disse que a entidade “vai pagar por doses extras” para os atletas olímpicos e paralímpicos.
O anúncio deve acelerar o processo de vacinação no Japão, que é um dos mais atrasados entre os grandes países do mundo. As vacinas começaram a ser aplicadas nos japoneses somente em fevereiro. A Olimpíada terá início em 23 de julho. E os Jogos de Inverno estão marcados para começar em fevereiro de 2022.
Bach também prometeu, ontem, liberar doses para o público em geral dos países que vão fazer parte do programa de vacinação do COI. “O COI vai pagar por duas doses extras, que poderão ser disponibilizadas para a população de cada país, de acordo com suas necessidades”, declarou o presidente.
A distribuição será feita por meio de agências internacionais ou acordos de vacinação dos países com a China. A nação asiática tem atuado fortemente junto a outros países na chamada diplomacia da vacina, por meio das empresas Sinovac e Sinopharm. De acordo com apuração da agência The Associated Press, a China já prometeu meio bilhão de doses da vacina para mais de 45 países nas últimas semanas.
Para o presidente do COI, o acordo com a China ajudará a realizar uma edição mais segura, em meio a rumores de cancelamento da Olimpíada — nas últimas semanas dirigentes do COI e do Comitê Organizador japonês vieram a público para garantir a realização do grande evento.
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