CHAMPIONS LEAGUE

Aula de alemão

Metade dos técnicos classificados para as quartas de final do principal torneio de clubes da Europa nasceu em terras germânicas. Uefa sorteia, hoje, duelos das quartas e rotas até a final, em Istambul

Marcos Paulo Lima
postado em 18/03/2021 22:27

Dos oito técnicos classificados para as quartas de final da Uefa Champions League, quatro são nascidos na Alemanha. Isso jamais havia acontecido na história do torneio e muito menos com um mesmo país. O sucesso vai além dos trabalhos competentes de Hansi Flick no Bayern de Munique e do jovem interino Edin Terzic, de 38 anos. Os ingleses Liverpool e Chelsea também são comandados por treinadores da escola germânica. A superioridade consolida o que eles protagonizaram na temporada anterior. Três dos quatro semifinalistas da edição passada eram alemães — Julen Nagelsmann, Thomas Tuchel e Hansi Flick. Os dois últimos decidiram o título, em Lisboa.

Hansi Flick está na luta pelo segundo título pessoal na curta carreira. Na temporada como estreante, arrematou Champions League, Bundesliga, Copa da Alemanha, Supercopa da Alemanha, Supercopa da Uefa e Mundial de Clubes da Fifa. Flick igualou o começo de Pep Guardiola, tão vencedor quanto ele ao iniciar no Barcelona. Por isso é cotado para suceder Joachim Löw na seleção da Alemanha. O comandante dos tetracampeões mundiais deixará o cargo depois da Eurocopa. Flick foi auxiliar de Löw na Copa do Mundo 2014, no Brasil.

O Chelsea também é liderado por um alemão. A prancheta pertence a Thomas Tuchel. Ele era o treinador do Paris Saint-Germain na campanha do vice-campeonato de 2020 e assumiu o time inglês nesta temporada na vaga deixada pelo demitido Frank Lampard, ídolo dos Blues. Tuchel ostenta sete títulos no currículo, um à frente do Borussia Dortmund e outros seis pelo clube francês.

O Liverpool continua nas mãos de Jürgen Klopp. O alemão levou o time inglês ao título na temporada 2018/2019. Portanto, é outro germânico candidato ao bi pessoal. Em 2013, ele bateu na trave à frente do Borussia Dortmund. O time dele perdeu a final alemã para o Bayern, em Londres.

Por sinal, o Borussia Dortmund é liderado por um interino. Apesar do nome e da origem croata, o alemão Edin Terzic, nascido em Menden, assumiu o cargo depois da demissão do suíço Lucien Favre. Terzic era auxiliar de Favre e ficará no cargo até o fim da temporada. Enquanto isso, o clube alemão procura um novo treinador.

A nacionalidade dos demais técnicos é variada. O francês Zidane busca o tetracampeonato pessoal à frente do Real Madrid. O português Sérgio Conceição é o responsável pela bela campanha do Porto. O espanhol Pep Guardiola guia o Manchester City. O argentino Mauricio Pochettino é o estranho no ninho, ou seja, o único não europeu entre os remanescentes na corrida pelo título.

Sorteio

A definição dos confrontos das quartas de final e dos cruzamentos das semifinais será hoje, às 8h, em Nyon, na Suíça. Os confrontos de ida estão reservados para 6 e 7 de abril; e a volta, uma semana depois. Os clubes italianos são a grande ausência desta fase. Eles não ficavam fora das quartas desde 2015/2016. Ao contrário da fase de grupos e das oitavas de final, não haverá orientação para evitar duelo entre equipes do mesmo país: quem segue no torneio continental pode enfrentar qualquer um dos outros adversários.

A segunda temporada europeia em meio à pandemia do novo coronavírus expõe a dificuldade dos principais clubes do continente de manter a performance elevada em todas as competições. Dos oito candidatos ao título, apenas dois lideram ligas nacionais. O Bayern de Munique comanda a Bundesliga, e o Manchester City é o primeiro colocado disparado da Premier League. A vantagem em relação aos outros clubes ingleses classificados para as oitavas de final é gigante: 20 a mais que o Chelsea e 25 à frente do Liverpool. PSG, Real Madrid, Porto e Borussia Dortmund perseguem líderes ou jogaram a toalha na maratona pelos respectivos títulos nacionais.

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