MMA

Brasiliense Vicente Luque vai à luta em Las Vegas

Maíra Nunes
postado em 26/03/2021 23:37
 (crédito: Michael Reaves/AFP - 12/11/16)
(crédito: Michael Reaves/AFP - 12/11/16)

O brasiliense Vicente Luque enfrentará o ex-campeão do peso meio-médio (até 77kg) Tyron Woodley, hoje, a partir das 20h (de Brasília), em Las Vegas (EUA), no UFC 260. Aos 29 anos, o representante do DF considera a luta a “mais importante da carreira até o momento”. O canal Combate transmite o evento, que terá como duelo principal o norte-americano Stipe Miocic contra o franco-camaronês Francis Ngannou.

Atual número 10 da categoria no Ultimate, Luque busca a terceira vitória consecutiva para mostrar qual o lugar dele na categoria. “O objetivo é ser campeão com uma vitória dominante e dar mais um passo importante, sobre um cara que já dominou essa categoria, para continuar subindo no UFC”, projeta o brasiliense.

Quase 10 anos mais velho, o oponente dos EUA não vive a melhor fase da carreira. Aos 38, Woodley tenta quebrar a sequência de três derrota seguidas nas lutas disputadas em 2019 e 2020. Uma delas, para o brasileiro Gilbert Durinho, por decisão unânime, em maio do ano passado. Amigo de Durinho, Luque disse que aproveitou algumas dicas sobre o ex-campeão para trilhar a estratégia do combate.

A derrota mais recente foi para o conterrâneo Colby Covington, em setembro, quando Woodley sofreu lesão na costela e foi definido por nocaute técnico. A outra foi para o nijeriano Kamaru Usman, atual campeão do meio-médio, em março de 2019, por decisão unânime. “O Woodley não vem no melhor momento, vem de três derrotas, mas, ao mesmo tempo, perdeu para os três melhores do mundo neste momento”, pondera Luque.

Para o brasiliense, não há motivos para dar ouvidos a boatos de que o oponente estaria perto da aposentadoria. “Se eu subestimá-lo neste momento dou a chance de me vencer", pontua.

Os dois pontos mais fortes de Woodly são o wrestling, uma luta agarrada em que tenta jogar o adversário ao chão, e o soco muito potente de direita. “Treinei bastante a defesa para manter a luta na minha zona, e tenho que estar com a guarda sempre alta, me defendendo dessa mão direita dele”, avalia o brasiliense.

Mas a estratégia principal é a mesma que vem trazendo bons resultados: a luta em pé. "Meu plano é impor pressão e tentar miná-lo com socos e chutes em pé. Mas, sabendo que ele vai querer me jogar para baixo, também bastante os treinos no chão, tenho boas finalizações”, avisa.

Filho de mãe faixa preta de caratê, Vicente Luque cresceu nos tatames de Brasília desde os três anos. Apesar de também treinar na Flórida (EUA), a maior parte da preparação das últimas 10 lutas foi na academia Cerrado MMA. “Brasília é a minha base, onde me sinto muito bem, tenho todo time me apoiando e trabalhando. Represento Brasília no octógono, treino na cidade e tenho orgulho disso.”

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