#SuperBiCampeão

 Em jogo eletrizante, Flamengo conquista título de abertura da temporada nacional sobre o Palmeiras, no Mané Garrincha. Após empate no tempo normal, brilho de Diego Alves garantiu taça rubro-negra nos pênaltis

Maíra Nunes
postado em 12/04/2021 00:16
 (crédito:             Ed Alves/CB/D.A Press                        )
(crédito: Ed Alves/CB/D.A Press )

O clima para a decisão da Supercopa do Brasil entre Flamengo e Palmeiras, ontem, foi completamente diferente da última vez em que o Mané Garrincha recebeu público para um grande jogo — quando 48.009 torcedores testemunharam a vitória do Flamengo sobre o Athletico-PR, por 3 x 0, pelo mesmo torneio. A vibração fez uma falta desconcertante. Mas os times compensaram com um jogo de tirar o fôlego, quatro gols, expulsão de técnico e definição nos pênaltis.

O Palmeiras começou ligado e a marcação alta para pressionar a saída de bola surtiu efeito no primeiro minuto. Pressionado, Diego Alves rifou a bola e Felipe Melo resvalou, dando um presente para Raphael Veiga. O atacante deu uma meia-lua desconcertante em cima de Willian Arão e saiu de cara para o goleiro. Só tocou para a rede.

O Flamengo estava com dificuldades na criação. Apenas aos 18, gerou a primeira chance. Diego finalizou de longe. Weverton espalmou. Foi o suficiente para o time despertar. Quatro minutos depois, Arrascaeta encontrou Filipe Luís na área. O lateral deu um drible seco sobre Luan e chutou na trave. A bola sobrou para Gabriel Barbosa completar para a rede.

Aos 40, o árbitro Leandro Vuaden apontou pênalti para o Palmeiras quando Isla parou Wesley com falta. Porém, o VAR revisou o lance e a marcação foi revertida para falta a centímetros da demarcação. A partir daí, Diego Alves virou protagonista. Ele buscou a cobrança de Raphael Veiga no ângulo e acumulou defesas salvadoras.

Pelo Palmeiras, Weverton não ficou atrás. Aos 44, defendeu finalização de Bruno Henrique. A bola tinha endereço certo. O goleiro, porém, não impediu o gol da virada nos acréscimos. Arrascaeta recebeu de Bruno Henrique, conduziu e chutou colocado. Parado, o arqueiro viu a bola entrar. Mais um golaço para a conta da decisão.

Antes do intervalo, o técnico Abel Ferreira reclamou muito da arbitragem e acabou expulso. O português acompanhou o restante do jogo da tribuna de imprensa, localizada no alto da arquibancada. Nervoso, discutiu com alguns profissionais. De longe, o português viu o Palmeiras voltar mais agressivo. Mas as chances mais claras no início da segunda parcial foram criadas por Gabigol. Uma parou em Weverton. A segunda passou perto do gol.

As principais oportunidades alviverdes foram pelo alto, com Gustavo Gómez e Gabriel Verón. Mas o gol saiu em cobrança de pênalti, marcado pelo puxão de Rodrigo Caio na camisa de Rony, aos 26 minutos. Veiga voltou a deixar tudo igual. Aos 40, Weverton contou com a ajuda da trave para evitar o gol de Vitinho. Nos acréscimos, Gabriel teve a chance do gol do título, mas voltou a parar no goleiro alviverde.

Antes do apito final, outra confusão. Expulso, o auxiliar palmeirense João Martins xingou Bruno Spindel, diretor do Flamengo. O dirigente retrucou. Perto da briga, Marcos Braz entrou na discussão e foi às vias de fato com o alviverde. Jogadores de ambos os times correram ao local. Após alguns minutos, os ânimos foram contidos.

Após os 90 minutos de emoção, o campeão foi definido nos pênaltis. Diego Alves defendeu quatro cobranças e coube a Rodrigo Caio decretar a vitória por 6 x 5 e o título de bicampeão da Supercopa do Brasil para os rubro-negros.

 


Flamengo
Diego Alves - Nota: 9,0
Fez defesas importantes. Nos pênaltis, brilhou ao pegar três cobranças e garantir a taça.

Isla - Nota: 5,5
Mostrou visão de jogo no segundo gol, mas fez jogo protocolar.

Willian Arão - Nota: 5,0
Errou ao ser facilmente driblado por Veiga, mostrando que ainda precisa evoluir como zagueiro.

Rodrigo Caio - Nota: 6,0
Atento, fez bons cortes durante o primeiro tempo. Cometeu pênalti bobo que recolocou o Palmeiras no jogo.

Filipe Luís - Nota: 7,0
Fez grande jogada e acertou a trave no gol de empate. No segundo tempo, deu boas opções de ataque.
Diego - Nota: 7,5
Mais uma partida acima da média. O ponto alto foi o corte em cima da linha em chute de Breno Lopes.

Gerson - Nota: 4,5
Foi bem menos participativo ofensivamente do que costuma ser.

Everton Ribeiro - Nota: 5,0
Falhou no lance que gerou o contra-ataque do pênalti alviverde e oscilou ofensivamente.

Arrascaeta - Nota: 6,0
Eficiente quando necessário, participou dos dois gols, mas caiu de produção.

Bruno Henrique - Nota: 5,5
Fora a assistência para Arrascaeta, não deu dinâmica em lances de velocidade.

Gabigol - Nota: 8,0
Principal força ofensiva do Flamengo. Marcou um gol e liderou bons ataques.
João Gomes - Nota: 6,0
Acionado para substituir Diego, manteve a segurança da posição.

Matheuzinho - Nota: 5,5
Entrou e manteve o nível de Isla. Nos pênaltis, parou em Weverton.

Vitinho - Nota: 6,0
Na única boa chance que teve, acertou a trave. Nos pênaltis, aproveitou o seu.

Pepê - Nota: 5,0
Pouco tempo para mostrar serviço. Perdeu uma cobrança de pênalti.

Michael - Nota: 5,5
Também foi colocado no fim do jogo. Bateu pênalti bem e marcou.

Rogério Ceni - Nota: 7,0
Colocou o que tinha de melhor em campo desde o início do jogo. Mexeu somente quando o rubro-negro foi incomodado pelo alviverde.

Palmeiras
Weverton - Nota: 7,0
Brilhou quando exigido e se destacou nos pênaltis, mas não conseguiu garantir o título.

Marcos Rocha - Nota: 5,5
Começou bem, mas caiu de produção após os dois gols rubro-negros.

Luan - Nota: 5,0
Levou drible desconcertante no primeiro gol e perdeu pênalti.

Gustavo Gómez - Nota: 6,0
Mais seguro do que o companheiro de zaga, levou perigo em bolas aéreas. Converteu sua penalidade.

Matías Viña - Nota: 5,5
Abaixo do nível normal, não foi efetivo no ataque, mas não comprometeu atrás.

Felipe Melo - Nota: 4,0
Deu assistência, mas o cartão no início o fizeram sair cedo do jogo.
Zé Rafael - Nota: 5,0
Mostrou ser uma boa opção na criação, mas acabou substituído no intervalo.

Raphael Veiga - Nota: 6,5
Grande jogada no gol e seguro nas batidas de pênalti. Foi boa opção na ofensiva do Palmeiras.

Breno Lopes - Nota: 5,0
Viu Diego salvar chute em cima da linha. Fora isso, pouco fez.

Wesley - Nota: 6,0
Lúcido no ataque, arriscou em chutes de longe e criou boas jogadas desperdiças pelos companheiros.

Rony - Nota: 5,5
Subiu de produção no segundo tempo e sofreu o pênalti que originou o segundo gol alviverde.

Gabriel Menino - Nota: 4,0
Entrou para melhorar a capacidade ofensiva, mas não foi efetivo na missão. Perdeu a cobrança de pênalti.

Danilo - Nota: 4,5
Colocado no segundo tempo, levou perigo em alguns momentos ofensivos. Nos pênaltis, parou em Diego Alves.

Mayke - Nota: 4,0
Levou amarelo em jogada dura e parou em Diego Alves nos pênaltis.

Gabriel Veron - Nota: 5,5
Reserva mais perigoso, levou perigo em alguns lançamentos. Bateu bem sua penalidade.

Gustavo Scarpa - Nota: 5,0
Pouco tempo em campo. Nos pênaltis, aproveitou sua cobrança.

Abel Ferreira - Nota: 2,0
Se destacou apenas nas reclamações e viu o time crescer nas tribunas de imprensa.

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