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Fla faz a festa em Brasília

Novamente campeão do torneio na cidade, rubro-negro vibrou em campo e sentiu o calor da torcida na saída do Mané Garrincha

Danilo Queiroz
postado em 12/04/2021 00:16
 (crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)
(crédito: Ed Alves/CB/D.A Press)

o Flamengo voltou a fazer a festa no Estádio Nacional Mané Garrincha. Após 14 meses da conquista do título da Supercopa do Brasil de 2020 sobre o Athletico-PR em Brasília, o rubro-negro voltou a triunfar na competição, desta vez sobre o Palmeiras, na capital federal. O bicampeonato do torneio que reúne os campeões do Campeonato Brasileiro e da Copa do Brasil da temporada anterior foi motivo de muita festa para os rubro-negros dentro e fora das quatro linhas. Com o título, o Fla embolsou R$ 5 milhões em premiação.

A comemoração do novo título — o oitavo em três temporadas —começou ainda no gramado. Peça fundamental na conquista, o goleiro Diego Alves foi o centro das atenções dos primeiros atos de vibração. O zagueiro Rodrigo Caio também foi celebrado após converter o pênalti da série decisiva. A música foi um dos elementos marcantes da festa. O samba e o funk eram o ritmo que provocavam maior euforia no elenco carioca. O volante Gerson comandou as batidas com uma caixa de som.

Assim como nas demais conquistas da série, o troféu da Supercopa foi levantado por três pares de braço. Considerados capitães do grupo, Diego Alves, Everton Ribeiro e Diego Ribas tiveram a honraria. Durante o jogo, o camisa 10 carregou a braçadeira. Um susto, porém, se destacou em meio à vibração. O show pirotécnico causou um princípio de incêndio e afastou a comemoração do palco principal. O incidente foi rapidamente contornado pela segurança com o auxílio de extintores.

Um carro dado pela patrocinadora da Supercopa ao melhor jogador da partida, escolhido em votação popular, também foi ponto da vibração rubro-negra. Parte do elenco “invadiu” o veículo e promoveu um buzinaço enquanto entoavam a música Si Nos Organizamos Cojemos Todos, canção em espanhol que embalou a arrancada do time carioca na reta final da conquista do Brasileirão de 2020. O vencedor da premiação especial foi Arrascaeta. O meia, porém, doou o automóvel de R$ 200 mil para um funcionário do rubro-negro.

Torcida
Sem poder adentrar o estádio devido às restrições impostas pela pandemia de covid-19, a torcida do Flamengo não deixou de comemorar ao conquista do título da Supercopa. Após a confirmação do bicampeonato, os rubro-negros se dirigiram ao Estádio Nacional Mané Garrincha para saudar o elenco do técnico Rogério Ceni. Ao som do hino e de músicas em alusão ao clube, cerca de 30 carros formaram um corredor para acompanhar a saída do ônibus do time. A carreta seguiu a delegação até Setor Hoteleiro Norte, local onde o clube se concentrou na cidade.

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Títulos conquistados pelo Flamengo em três temporadas: duas Supercopas; dois Brasileiros; dois cariocas, uma Recopa e uma Copa Libertadores da América


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Brilho no gol e no ataque

 (crédito:            Ed Alves/CB/D.A Press                         )
crédito: Ed Alves/CB/D.A Press

A conquista do bicampeonato do Flamengo na Supercopa passou, principalmente, pelas mãos do goleiro Diego Alves, fundamental durante os 90 minutos de partida com defesas importantes. Apesar das intervenções durante o jogo, o camisa 1 do rubro-negro teve o brilho máximo nas cobranças de pênalti: defendeu as batidas dos alviverdes Luan, Gabriel Menino e Mayke e garantiu o título para o rubro-negro.

Na entrevista pós-jogo, o arqueiro relembrou o mau momento vivido em 2020, quando conviveu com lesões e perdeu boa parte da temporada. “Para mim, é especial, porque passei por um momento conturbado. Isso vai para as pessoas que quiseram minha permanência. Era um desejo meu ficar no Flamengo. Muita gente fez muito esforço para eu continuar. Fico feliz de retribuir isso com esse título que esse grupo merece”, vibrou o goleiro. Interrompido pelo técnico Rogério Ceni, Diego Alves fez um afago ao ex-goleiro. “Ídolo eterno.”

Se o camisa 1 teve importância fundamental na meta rubro-negro, o atacante Gabriel Barbosa voltou a ser protagonista no ataque. Principal nome ofensivo do Flamengo durante a decisão contra o Palmerias, o camisa 9 empatou a partida em lance de oportunismo, quando aproveitou o rebote em bela jogada de Filipe Luís. Além disso, o jogador foi bastante acionado e criou outras oportunidades importantes para os cariocas. Na definição por pênaltis, foi um dos rubro-negros a aproveitar bem a cobrança.

O desempenho com gol contra o Palmeiras isolou Gabigol como o principal goleador do Flamengo no século XXI. Ele ultrapassou Renato Abreu: 74 x 73. “É muito bacana, é uma marca expressiva. Divido com meus companheiros que fazem a bola chegar a mim e aos goleiros que treinam comigo durante a semana. Joguei com ele (Renato Abreu) no Santos. Com tão pouca idade, bater esse recorde me deixa feliz. Espero bater mais”, vislumbrou.

“Para mim, é especial, porque passei por um momento conturbado. Isso vai para as pessoas que quiseram minha permanência. Era um desejo meu ficar no Flamengo”

Diego Alves, goleiro

 

Alviverdes lamentam vice-campeonato

 (crédito:           Ed Alves/CB/D.A Press                          )
crédito: Ed Alves/CB/D.A Press

O técnico português Abel Ferreira elogiou a atuação dos jogadores do Palmeiras na derrota para o Flamengo. Mesmo insatisfeito com a arbitragem do gaúcho Leandro Pedro Vuaden — do qual questionou o nível —, o comandante alviverde parabenizou os rubro-negros e fez elogios ao nível do duelo entre os campeões do Campeonato Brasileiro e da Copa do Brasil no Mané Garrincha.

“Foi uma grande promoção do futebol brasileiro para qualquer país para o qual foi transmitido", resumiu sobre a final única da Supercopa. "Jogamos contra uma grande equipe. Tenho que dar o parabéns para o nosso adversário, que conquistou mais um troféu. Foram duas grandes equipes em campo. Em finais, gostamos de ver três grandes equipes em campo. Hoje, infelizmente, só vimos duas", desabafou o treinador, em referência a Vuaden e seus assistentes.

Principal nome do Palmeiras no jogo, com boas intervenções durante os 90 minutos e dois pênaltis defendidos na disputa final, Weverton também lamento a derrota, mas exaltou a atuação de "excelência" do time alviverde. “A gente está chateado, está triste, mas vale ressaltar o desempenho da equipe. Foi em alto nível. O Palmeiras teve as maiores chances do jogo, mas faltou um pouco de capricho. É entender que essa foi a segunda partida depois das férias. Temos muito o que melhorar", endossou. Após o vice-campeonato da Supercopa, o time paulista segue em Brasília para outra decisão. Na quarta-feira, enfrenta o Defensa y Justicia, às 21h30, no Mané Garrincha.


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