VÔLEI

A saída francesa de Bernardinho

Maíra Nunes
postado em 12/04/2021 23:18
 (crédito: Eric Feferberg/AFP - 17/8/16)
(crédito: Eric Feferberg/AFP - 17/8/16)

Dono de seis medalhas olímpicas como técnico, Bernardinho assumirá a seleção masculina de vôlei da França após os Jogos Olímpicos de Tóquio, de 23 de julho e 8 de agosto.

Bernardinho foi contratado para carimbar mais um ouro olímpico no currículo à frente dos anfitriões dos Jogos Olímpicos de Paris-2024. Uma meta um tanto ousada pelo histórico do país nas participações anteriores.

O técnico brasileiro vai substituir o francês Laurent Tillie, há nove anos no posto. Nesse período, o treinador comandou a França na conquista do Europeu de 2015 e a dois títulos da então Liga Mundial (atual Liga das Nações), em 2015 e 2017, ambas no Brasil. Laurent teve experiência à frente do país apenas nos Jogos do Rio-2016. A França não passou da primeira fase. O Brasil, de Bernardinho, ganhou o ouro.

“É a prova de como elevamos o nome do Brasil internacionalmente. Dirigir a França será um desafio muito grande, e eu sou movido a desafios, todos sabem”, declarou, ontem, Bernardinho. O contrato é de três anos.

A França tem quatro participações olímpicas. A melhor campanha foi o oitavo lugar nos Jogos de Seul-1988 e está classificada para a edição de Tóquio, no Japão.

No Mundial de 2018, a Françacaiu na segunda fase e terminou em 11º. No mesmo ano, foi vice-campeão da Liga das Nações.

A seleção francesa conta com Earvin N'gapeth, considerado um dos melhores do mundo. O ponteiro sofreu com problemas físicos e complicações com a justiça fora das quadras. Antes do Rio-2016, foi condenado a três meses de prisão, depois revertido em multa, por ter batido em um fiscal de passageiros de trem no ano anterior. Em 2019, foi preso no Brasil por assediar sexualmente uma mulher numa boate após dar tapa nas nádegas dela, quando disputava o Mundial de Clubes, em Belo Horizonte.

A França também conta com o o oposto Stephen Boyer, 25, o líbero Jenia Grebennikov, 30, o levantador Benjamin Toniutti, 31, e o central Kevin Le Roux, 31. Bernardinho elogiou o trabalho de Laurent. Pretende dar continuidade e ressaltou o potencial do elenco francês.

Os Jogos de Tóquio foram uma pausa para o treinador, que disputou seis olimpíadas. Bernardinho conquistou medalhas em todas as edições. Pela masculina, ouro em 2004 e 2016 e prata em 2008 e 2012. Na feminina, bronze em 1996 e 2000. “Ainda tenho muitos anos pela frente para treinar equipes e desenvolver pessoas. Eventualmente, podemos enfrentar o Brasil, estarei ali trabalhando, mas seguirei com meu coração verde e amarelo”.

 

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