Brasília Vôlei/Upis disputa a final da Superliga B contra Juiz de Fora

Veja a trajetória do técnico Marcelo Thiessen até o comando do Brasília Vôlei/Upis, que decide o título da Superliga B nesta segunda-feira

Maíra Nunes
postado em 19/04/2021 13:34
 (crédito: Patricy Albuquerque)
(crédito: Patricy Albuquerque)

O Brasília Vôlei/Upis masculino fez históia em 2021. O time garantiu vaga na elite nacional após ter vencido o Anápolis Vôlei (GO), por 2 jogos a 1, na semifinal da Superliga B. Será a primeira vez que o projeto contará com as equipes feminina e masculina na primeira divisão do vôlei nacional. Mas o grupo quer subir com moral de campeão para a próxima temporada. Para isso, vai encarar o JF Vôlei (MG) na briga pelo título da Superliga B, nesta segunda-feira (19/4), às 18h. A final será disputada em jogo único no ginásio do Riacho, em Contagem (MG), com transmissão do SporTV 2.

Aos 31 anos, o técnico Marcelo Thiessen vive o auge da carreira. Há seis anos, ele acompanhava o pai, Flávio Thiessen, na empreitada de se juntar aos jogadores da Upis que haviam competido nos Jogos Universitários Brasileiros (JUBs) para disputar a então Liga Nacional de Vôlei, que anos mais tarde viraria a Superliga B. Sem dinheiro nem estrutura correspondente a um time de Superliga, Flávio e Marcelo perguntaram aos atletas se eles topavam começar o projeto apenas com a bolsa de estudo da faculdade, sem uma remuneração financeira.

O time nasceu com o intuito de investir e abrir espaço para talentos formados em Brasília. As verbas que entravam, mesmo que pequenas, eram usadas para bancar os gastos principais dos atletas. Diante do aperto financeiro, o time da Upis conseguiu se reforçar com quatro atletas de fora da capital federal em uma das edições, o máximo até então. Mas as perspectivas começaram a mudar em julho de 2019.

O Brasília Vôlei tinha apenas time feminino profissional e havia caído para a Superliga B pela primeira vez quando Flávio Thiessen assumiu a gestão do projeto. Além da missão de recolocar o representante do DF na elite do vôlei nacional, ele encabeçou uma parceria com a Upis. Dessa forma, a faculdade não paralisou o trabalho com a modalidade e o Brasília Vôlei passou a contar com uma equipe masculina nas competições nacionais. Diante das novas responsabilidades, Marcelo ficou com a vaga que antes era ocupada pelo pai.

 

De pai para filho

 

Marcelo foi auxiliar técnico de Flávio por 10 anos. Antes de assumir o comando da Upis na Superliga B, o filho atuou como treinador do time em campeonatos universitários. "O meu pai foi me preparando para ser técnico da Upis. Comecei comandando o time no JUBs e, aos poucos, ele foi me passando para assumir a equipe na Superliga B, uma liga bem mais competitiva e que envolve mais pressão", conta Marcelo.

Junto da parceria Brasília Vôlei e Upis sacramentou-se o patrocínio com o Banco de Brasília (BRB). Incremento financeiro que possibilitou se reforçar com nove jogadores de cidades de fora do DF. O restante do elenco desta temporada é composto por oito atletas da capital federal. Entre eles, Paulinho, Thiaguinho e o Matheus, que estão desde o início do projeto. "A Upis sempre apoiou muito o vôlei de Brasília, principalmente no masculino, o que precisava realmente era um pouco de investimento a mais para dar condição aos atletas de fora", avalia Marcelo.

 

Os frutos da parceria entre Brasília Vôlei e Upis

 

A primeira temporada do Brasília Vôlei/Upis na Superliga B, em 2019/2020 esbarrou no encerramento antecipado da competição antes da disputa dos playoffs por causa da chegada da pandemia de covid-19 no país. Os dois melhores classificados na primeira fase acabaram ficando com a vaga de acesso. Para a atual edição, Marcelo traçou como meta ficar entre os dois primeiros desde o início da competição devido ao receio de o torneio precisar antecipar o término novamente.

Pelos resultados, a preparação de Marcelo na beira da quadra foi aprovada. O Brasília fez a segunda melhor campanha da primeira fase, com cinco vitórias em sete jogos. Nos playoffs, passou pelo Vôlei Futuro (SP) e pelo Anápolis (GO), ambos por 2 jogos a 1. O adversário da final, porém, também chega com a moral alta. JF Vôlei foi o primeiro colocado da fase classificatória e sem perder nenhuma das 11 partidas disputadas. Na fase eliminatória, deixou para trás Niterói Vôlei e Aero Clube, ambos por 2 jogos a 0.

"Sabemos que temos de enfrentar um adversário forte, com qualidade e estamos estudando a melhor fora de parar o ataque deles. Esse jogo será decidido nos detalhes em cada set, diz Marcelo, técnico do Brasília Vôlei/Upis. Do lado mineiro, o central Bruno também espera um duelo duro. "A equipe do Brasília é forte, cada uma das posições tem ótimos jogadores e estamos estudando muito", avalia.

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