Passado e presente da Seleção, Fred e Gabriel Barbosa são bem mais do que protagonistas da decisão do Campeonato Carioca, hoje, às 21h05, no Maracanã. Ambos tornaram-se os maiores ídolos de Flamengo e Fluminense neste século graças a alguns concorrentes badalados que os colocaram para correr da Europa.
Autor de 83 gols em 114 jogos com a camisa rubro-negra, Gabigol fracassou no Velho Mundo. Culpa do temperamento e da imaturidade para competir e aceitar diferentes responsablidades táticas. O xodó do Flamengo bateu e voltou na Internazionale porque não foi páreo para o argentino Mauro Icardi, dono da 9 e artilheiro do time italiano naquela temporada com 26 bolas na rede.
Gabigol havia sido campeão olímpico com a Seleção nos Jogos do Rio-2016. Foi negociado por 29,5 milhões de euros pelo Santos com a equipe de Milão. Achou que seria titular. Uma alternativa era concorrer, por exemplo, com Candreva por vaga no setor direito do ataque. Não deu. Fez um gol em 10 jogos.
A outra oportunidade na Europa foi no Benfica. Gabigol sentiu-se estranho no ninho da Águia. Jonas era o queridinho do ataque, intocável e artilheiro da temporada com 37 gols. O suíço Seferovic e o mexicano Raul Jiménez também não deixavam brecha. Gabigol balançou a rede uma vez em cinco jogos.
“Acho que minha passagem na Europa não foi como eu esperava, mas não tive muitas oportunidades e isso como, todo jogador, nunca é bom de passar”, disse em 2018 ao ser emprestado ao Santos. Na Inter, o atacante desrespeitou o técnico Stéfano Pioli, ao ser substituído. "O momento que sai do banco, abandonei o time... isso não se faz. Tanto que, depois, pedi desculpas. Sei o quanto errei. A maior virtude do homem é pedir desculpa e aprender com o erro”.
Fred também virou o maior ídolo do Fluminense por causa de um badalado concorrente do Lyon. O jovem Benzema pedia passagem. Contratado pelo tricolor em 2009, Fred virou o segundo maior artilheiro da história do clube. São 186 gols contra 319 do recordista Waldo.
Em 2013, antes de um amistoso contra o Brasil, em Porto Alegre, Didier Deschampos, técnico da França, discordou de que o gaulês tirou espaço do brasileiro. “Fred atua mais dentro da área, fincado. O Benzema sai mais para buscar o jogo”.
Coadjuvantes na Europa, Gabigol e Fred transformaram o Brasil na Europa deles. Divertem-se fazendo gols. O rubro-negro tem 13 gols em 13 jogos na temporada. Busca a 13ª taça no clube em pouco mais de dois anos. Fred balançou a rede nove vezes em 11 partidas. Cobiça a sétima taça com o uniforme tricolor.
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