COPA AMÉRICA

Veja o que os governos estaduais pensam sobre a realização da Copa América

Com a confirmação da competição no Brasil, Pernambuco e Rio Grande do Sul refutam possíveis convites; DF e Mato Grosso reforçam "candidatura"; e São Paulo e Bahia impõem condições

Danilo Queiroz
postado em 31/05/2021 17:36 / atualizado em 31/05/2021 17:39
 (crédito: Juan Barreto/AFP)
(crédito: Juan Barreto/AFP)

Após a Conmebol anunciar a escolha do Brasil para substituir Argentina e Colômbia como país sede da Copa América, iniciou-se uma “corrida” da entidade, em parceria com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF), com a missão de viabilizar estádios em território brasileiro para a disputa das 47 partidas da competição sul-americana. Diante da procura, alguns governos estaduais se manifestaram sobre a possibilidade de receber as seleções do torneio.

Em meio à alta de casos covid-19 em seus territórios, alguns governadores das principais regiões brasileiros soltaram posicionamentos públicos no sentido de não reunirem condições de receber a competição na atual conjuntura da pandemia. Esses foram os casos de Pernambuco, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul. Os chefes dos Executivos se anteciparam para recusar possíveis convites da Conmebol.

Por outro lado, algumas regiões abriram as portas de seus estádios para abrigar a Copa América no Brasil. Amazonas, Distrito Federal e Mato Grosso apresentaram “candidaturas” para receber partidas. Em notas oficiais, São Paulo e Bahia impuseram condições. No caso paulista, a ideia é o cumprimento do plano de contingência do estado. A Bahia afirmou que aceitaria os jogos apenas sem a presença de público.

Negaram
Pernambuco: Em comunicado, o governador Paulo Câmara (PSB) afirmou que "apesar de não ter sido procurado oficialmente pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), o atual cenário epidemiológico não permite a realização de evento do porte no Estado”.

Rio Grande do Norte: Em uma rede social, a governadora Fátima Bezerra (PT) também disse não ter sido contactada pela organização, mas ressaltou o que estado não tem “níveis de segurança epidemiológica para realização do evento”.

Rio Grande do Sul: O governador Eduardo Leite (PSDB) também refutou um possível convite. “Recebemos os jogos em 2019, o que muito nos orgulha, mas, pessoalmente, entendo que seria inoportuno realizar a competição no Estado e no Brasil neste momento”, disse.

Aceitaram
Distrito Federal: Em entrevista à rádio CBN, o governador Ibaneis Rocha disse estar “trabalhando” para jogos no Mané Garrincha. Sem resistência, a capital federal, inclusive, seria um dos destinos praticamente certos da Copa América no Brasil.

Mato Grosso: O estado colocou a Arena Pantanal, em Cuiabá, à disposição para receber a competição. “Ouvimos uma resposta positiva do Feldman que o estádio está apto para receber os jogos, mas precisa ser avaliada”, disse o secretário de Esportes Alberto Machado.

Amazonas: O governo amazonense afirmou não ter sido procurado oficialmente, mas abriu as portas para a Copa América. “Com os protocolos definidos, os jogos deverão ser realizados com toda a expertise obtida ao sediar grandes eventos esportivos, como a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016. A presença de público também será discutida e dependerá dos indicadores da pandemia de Covid-19 no estado.”

Não se opõe
São Paulo: Em nota, o governador João Doria (PSDB) garantiu que não deve fazer oposição ao torneio no estado. "O governo de São Paulo não fará objeção caso a CBF defina São Paulo como um dos locais de jogos da Copa América, desde que os protocolos do Plano São Paulo sejam obedecidos", ressaltou.

Bahia: Na Bahia, a condição do governador Rui Costa (PT) foi a realização das partidas sem público. “Adianto que não há possibilidade de flexibilizar regras para que a Bahia seja sede. Seguiremos o mesmo padrão em relação ao futebol. Se a exigência é ter público, aqui na Bahia não terá”, afirmou.

Outros
Em outros possíveis destinos, como Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Ceará e Goiás, não houve posicionamento público de autoridades governamentais.

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