COPA AMÉRICA

Sem certeza do Brasil, Argentina e Bolívia confirmam participação no torneio

A Argentina era a sede original do campeonato, junto a Colômbia, mas declinou o convite de ser anfitriã. Na época da desistência, 70% dos argentinos não concordavam com a realização do torneio em meio a segunda onda de covid-19 vivida pelo país

Talita de Souza
postado em 06/06/2021 19:09 / atualizado em 06/06/2021 19:17
 (crédito: AGUSTIN MARCARIAN)
(crédito: AGUSTIN MARCARIAN)

As seleções da Argentina e da Bolívia confirmaram, na tarde deste domingo (6/6), a participação na Copa América no Brasil, que tem início previsto para 13 de junho. O anúncio foi feito dois dias após a declaração do capitão da Seleção Brasileira, Carlos Casemiro, dar a entender que jogadores e comissão técnica preparam um possível boicote à competição.

Em nota oficial, a Seleção Argentina afirmou que a decisão "reflete o espírito esportivo do país ao longo da história” e que a Associação Argentina de Futebol (AFA) “disponibilizou todas as ferramentas necessárias para garantir os cuidados neste momento difícil”.

A Argentina era a sede original do campeonato, junto a Colômbia, mas declinou o convite de ser anfitriã. Pesquisa veiculada pela emissora TN, de Buenos Aires, revelou que 70% dos argentinos não concordavam com a realização do torneio em meio a segunda onda de covid-19 vivida pelo país.

No entanto, até 30 de maio o país argentino não havia confirmado a desistência. Na data,
o ministro do interior Eduardo Wado contou à uma emissora televisiva que, após conversas com o presidente sobre a situação sanitária da Argentina, era “muito difícil que a Copa América seja jogada no nosso país”. Um dia depois, em 31 de maio, a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) anunciou a competição no Brasil.

“O futebol é uma festa que pode ser vivida com responsabilidade”, afirma Seleção Boliviana

A Federação Boliviana de Futebol confirmou a participação na competição e afirmou que irá seguir os próprios protocolos de biossegurança contra a covid-19. No comunicado, a federação disse que o futebol “é uma festa que pode ser vivida com responsabilidade” e a presença dos jogadores do país “irá permitir que milhões de bolivianos e habitantes do continente possam desfrutar do esporte que é a alegria de todos”.

Afastamento de Caboclo gera mais crise na participação da Seleção realização da Copa América

Com a não confirmação da Seleção Brasileira na competição, o presidente Jair Bolsonaro e aliados do governo tentam pensar em possíveis saídas caso os jogadores de Tite não compareçam ao torneio. O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Rogério Caboclo, teria prometido ao governo federal a demissão de Tite na terça-feira (8/6) e dar o comando do time brasileiro para Renato Gaúcho, uma forma de garantir a participação do Brasil na Copa.

No entanto, na tarde de domingo (6/6), Rogério Caboclo, foi afastado do cargo devido a denúncia de assédio moral e sexual feita por uma funcionária da instituição. Com o afastamento, o Palácio do Planalto teme que a competição seja suspensa.


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