Nenhum personagem foi maior que Cristiano Ronaldo nos primeiros dias da Eurocopa. Destaque da vitória de Portugal sobre a Hungria, ontem, por 3 x 0, no início da defesa do título de campeão do continente, o atacante brilhou em campo com dois gols — o outro foi de Raphael Guerreiro — e estabeleceu novos recordes. De quebra, mostrou todo o poder de influência ao causar um prejuízo bilionário a um dos patrocinadores do torneio do Velho Continente.
O atacante fez história imediatamente ao pisar no gramado na Puskás Arena e tornou-se o único atleta a atuar em cinco edições diferentes da Euro — 2004, 2008, 2012, 2016 e 2020. CR7 superou Schweinsteiger, da Alemanha, Buffon, da Itália, Thuram, da França, e Edwin van der Sar, da Holanda, todos com quatro edições no currículo. Assim como Cristiano, o espanhol Casillas foi convocado cinco vezes, mas foi a campo em três.
Com a bola rolando, Cristiano Ronaldo tinha outro objetivo: isolar-se como o maior artilheiro da competição. Durante a campanha do título de Portugal em 2016, CR7 marcou três vezes, chegou a nove e igualou o francês Michel Platini como goleador máximo da Eurocopa. A ultrapassagem veio diante da maior vítima. Com as duas bolas na rede da Hungria, o atacante chegou ao quarto diante do rival e ao 11º na história do torneio.
Portugal caiu no grupo F ao lado de França e Alemanha, as últimas campeãs da Copa do Mundo. No contexto, vencer a Hungria é um item obrigatório no checklist para avançar. Os portugueses cumpriram o dever. De quebra, os três pontos significaram outro recorde para Cristiano Ronaldo: o de atleta com mais vitórias na Euro. Com 12, ele desgarrou de Iniesta e Fábregas, com 11 cada.
Apesar das marcas, a máquina portuguesa de recordes ressaltou a meta coletiva. “O importante era ganhar. Foi um jogo difícil contra uma equipe que defendeu bem. Conseguimos marcar três gols e eu estou muito agradecido à equipe por me ajudar a ser o homem do jogo”, destacou.
Refri sem gás
Um dia antes de brilhar em campo, Cristiano Ronaldo chamou a atenção na entrevista coletiva. Ao chegar para responder os jornalistas, o jogador afastou duas garrafas de refrigerante de uma marca patrocinadora da Eurocopa e, sem titubear, recomendou: “Bebam água”. Meia hora depois do gesto, as ações da empresa desvalorizaram 1,6%, ocasionando uma perda no valor de mercado de R$ 20 bilhões.
FASE DE GRUPOS
2ª rodada
Hoje
10h - Finlândia x Rússia
13h - Turquia x País de Gales
16h - Itália x Suiça
Amanhã
10h - Ucrânia x Macedônia
13h - Dinamarca x Bélgica
16h - Holanda x Áustria
Sexta-feira
10h - Suécia x Eslováquia
13h - Croácia x República Tcheca
16h - Inglaterra x Escócia
Sábado
10h - Hungria x França
13h - Portugal x Alemanha
16h - Espanha x Polônia
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França vence a Alemanha e mantém escrita
No duelo das duas últimas seleções campeãs do mundo, a mais recente levou vantagem. Ontem, a França venceu a Alemanha, por 1 x 0, em Munique, em partida válida pela primeira rodada do Grupo F da Eurocopa. O triunfo no equilibrado duelo deixou os franceses com os mesmos três pontos de Portugal na chave, considerada a mais difícil do torneio do Velho Continente, e manteve uma escrita de sete anos sobre os alemães.
O único gol válido na Allianz Arena surgiu ainda no primeiro tempo em uma infelicidade do zagueiro alemão Mats Hummels. Ele tentou cortar um cruzamento da esquerda efetuado pelo lateral Lucas Hernández, mas acabou acertando a bola de canela empurrando para dentro das próprias redes. O time comandado pelo técnico Didier Deschamps ainda teve dois gols anulados marcados por Mbappé e Benzema.
O resultado manteve de pé, ainda, uma escrita. A Alemanha não vence a França há seis jogos. A última vitória foi nas quartas de final durante a campanha do título da Copa do Mundo de 2014, no Brasil. Curiosamente, o duelo no Maracanã, em 4 de julho daquele ano, também teve o zagueiro Hummels como destaque. Naquela ocasião, o alemão cabeceou para o lado certo e garantiu a vitória sobre os franceses.
Esta foi, inclusive, a primeira derrota dos alemães em uma rodada de abertura do torneio europeu em toda a história. Durante o jogo, um caso inusitado, remetendo uma cena icônica do uruguaio Luiz Suárez, marcou a partida. O volante francês Paul Pogba reclamou bastante de uma suposta mordida recebida do zagueiro Antonio Rudiger ainda no primeiro tempo. O lance passou despercebido pela arbitragem, que contou com o auxílio do VAR.
Com três pontos na conta, a França volta a campo contra a Hungria, no sábado, às 10h, na Puskás Arena. No mesmo dia, a seleção alemã busca a recuperação na mesma Allianz Arena contra os portugueses.