COPA AMÉRICA

Com primeiro tempo eficiente, Argentina vence Uruguai em clássico no Mané

No milésimo jogo de sua história, Argentina tem atuação frenética no início da partida, marca em jogada iniciada por Messi e ganha os três pontos no clássico contra um Uruguai sem inspiração em noite apagada de Cavani e Suárez

Danilo Queiroz
postado em 18/06/2021 23:04 / atualizado em 18/06/2021 23:07
 (crédito: EVARISTO SA/AFP)
(crédito: EVARISTO SA/AFP)

O Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília, se transformou em um pedacinho de Buenos Aires. Pelo menos foi desta forma que Lionel Messi e companhia se sentiram durante o clássico do Rio da Prata contra o Uruguai, pela segunda rodada da Copa América. Na milésima atuação na história, a alviceleste foi mais consistente, letal quando preciso, cercou o ataque uruguaio e venceu, por 1 x 0. No confronto de grandes artilheiros contra Cavani e Suárez, o camisa 10 portenho foi a estrela de maiores lampejos na noite de céu limpo da capital federal. Cirúrgico, foi ele quem criou as melhores chances do time.

A Argentina entrou em campo em um ritmo mais forte logo tomou conta da partida. Com doze minutos, criou boas chances, sempre na Batuta de Messi, e aproveitou uma deles para sair na frente. Espaçado em campo, o Uruguai pouco fez e foi facilmente cercado defensivamente. Pegada, a etapa final acabou com pouquíssimas chances ofensivas. Nenhum dos goleiros precisou fazer intervenções complicadas para manter o resultado no placar. Melhor para o time portenho, que chegou aos quatro pontos no grupo A da Copa América.

Argentina mais eficiente

Na capital federal, a Argentina se sentiu em casa e dominou os primeiros minutos do jogo. Com sete, Messi fez a primeira grande jogada em uma característica pessoal. Recebeu na direita, cortou para esquerda e forçou grande defesa de Muslera. Na sobra, Lautaro não alcançou. Cinco minutos depois, o camisa 10 da alviceleste apareceu pelo lado oposto, limpou a marcação e cruzou na medida para Rodríguez testar bem. A bola ainda tocou na trave antes de encontrar a rede.

Após o golpe, o Uruguai passou a trocar passes em busca de espaços. Porém, os erros de precisão nas tentativas davam espaços para a Argentina trabalhar. Após rondar a zona ofensiva e oferecer perigosas escapas aos adversários, a Celeste Olímpica conseguiu adentrar à área somente aos 27. Cavani, porém, caiu pedindo um pênalti. Wilton não marcou e o VAR referendou a decisão. Na resposta imediata, Messi saiu sozinho, esperou a chegada de um companheiro e encontrou Molina. Muslera jogou chute forte para escanteio.

Espaçado em campo, o Uruguai seguiu com enormes dificuldades de criar lances de perigo contra o gol de Martinez. Com Suárez apagado, a ineficiência uruguaia era ainda mais latente. Menos intensa do que nos minutos iniciais, a Argentina também deixou de oferecer preocupações a Muslera. Nos 15 minutos finais da etapa inicial, as tentativas de lançamentos longos - em grande parte interceptadas com segurança pelas defesas - foram a tônica do clássico. Aos 43, Bentancur buscou algo diferente e arriscou de longa distância, mas errou o alvo.

Segundo tempo pegado

Se na etapa inicial a Argentina demonstrou seu bom futebol nos primeiros minutos, o segundo tempo começou bem mais pegado. Tamanha dedicação argentina e uruguaia na defesa deixou a bola presa no meio de campo e complicou saídas ofensivas das duas equipes. Na melhor sequência nos primeiros 15 minutos, a Argentina descolou dois escanteios consecutivos, mas não aproveitou nenhum deles. Com a mesma postura, o Uruguai abusava das bolas longas.

Aos 22 minutos, o Uruguai não empatou por detalhes. Viña cruzou com perigo pela direita. A bola passou na frente dos artilheiros Cavani e Suárez, mas nenhum deles conseguiu empurrar para o gol. Atrás do marcador, o técnico Óscar Tabárez modificou a estrutura do time ao colocar um atacante no lugar de um lateral. Aos 28, Luisito tentou emendar um cruzamento de voleio, mas mandou a bola por cima do gol. Na sequência, Messi voltou a aparecer no jogo.

Primeiro, o camisa 10 costurou a zaga uruguaia e sofreu falta na entrada da área. Ele mesmo foi para a cobrança, mas acabou carimbando a barreira. Na sequência, em nova jogada individual, Messi invadiu a área, mas foi facilmente desarmado pela defesa. Satisfeita com o resultado, a Argentina acionou seu principal jogador para manter a bola no ataque. Picado com faltas ofensivas e defensivas cometidas pela Celeste Olímpica, a alviceleste alcançou o objetivo e conquistou a primeira vitória na Copa América em território candango.

Sequência da Copa América

Com quatro pontos em dois jogos, a Argentina volta ao Distrito Federal na próxima segunda-feira (21/6) para a sequência da Copa América. Desta vez, a alviceleste medirá forças com o Paraguai, às 21h, no Estádio Nacional Mané Garrincha, pelo grupo A. No mesmo dia, mas às 18h, o Uruguai tentará iniciar uma reação imediata do revés no clássico contra o Chile, na Arena Pantanal, em Cuiabá. Com um jogo a menos por folgar na primeira rodada da chave, a Celeste Olímpica buscará os primeiros pontos na competição sul-americana de seleções.

ARGENTINA 1
Martínez; Molina, Romero, Otamendi e Acuña; Rodríguez, De Paul (Pezzella) e Lo Celso (Palacios); González (Di María), Messi e Lautaro Martínez (Joaquín Correa). Técnico: Lionel Scaloni

Gols: Rodríguez
Cartões amarelos: Lo Celso, Emiliano Martínez e Joaquín Correa

URUGUAI 0
Muslera; González (Facundo Torres), Giménez, Godin e Viña; Valverde (Gorriarán), Torreira (Vecino), Bentancur (Nández) e De la Cruz (Ocampo); Suárez e Cavani. Técnico: Óscar Tabárez

Gols: nenhum
Cartões amarelos: Torreira e Ocampo

Local: Estádio Nacional Mané Garrincha - Brasília (DF)
Árbitro: Wilton Sampaio

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