COPA AMÉRICA 2021

Eu amo Messi

Conheça o fã brasiliense que tatuou as costas inteiras com a imagem do ídolo e ganhou autógrafo do astro no corpo

Maíra Nunes
postado em 22/06/2021 23:34 / atualizado em 22/06/2021 23:35
 (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
(crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

O brasiliense Igor Magalhães, de 33 anos, é um dos milhares de fãs de Lionel Messi. Poucos, porém, impressionaram o craque argentino a ponto de o jogador eleito seis vezes melhor do mundo publicar nas redes sociais que gostaria de encontrá-lo para dar um autógrafo. Esse nem era o desejo do torcedor morador de Sobradinho quando tatuou as costas inteiras com uma ilustração do astro. “Nunca foi intencional fazer a tatuagem para ter vantagem para conhecer o Messi. Era algo que eu queria para mim. Tudo isso que aconteceu nunca foi planejado”, conta Igor.

A tatuagem feita em 2019 levou 36 horas, divididas em três dias, em Porto Alegre, com o tatuador Tony Vilella. O motivo da escolha foi o estilo do profissional, a disponibilidade na agenda e o preço mais em conta em comparação aos que havia pesquisado. Mesmo assim, desembolsou R$ 10 mil. Em 2020, Igor tinha a intenção de viajar para a Espanha, tentar visitar o estádio Camp Nou, em Barcelona, e, claro, tietar o ídolo. Mas a pandemia adiou os planos.

Eis que, entre muitas polêmicas, a Copa América 2021 veio para o Brasil e com dois jogos da Argentina, em Brasília, na primeira fase. “Apesar de saber que a Copa América não deveria nem ser jogada, por conta da pandemia, surgiu a oportunidade de eu chegar perto do Messi, então tentei correr atrás de ter um abraço ou qualquer coisa assim”, conta Igor. Na sexta passada, quando a Argentina venceu o Uruguai (1 x 0), o torcedor fez a primeira tentativa sem sucesso de ver Messi na porta do Windsor Plaza, hotel onde a delegação estava concentrada.

No dia seguinte, Igor voltou a marcar presença no hotel para ver a saída da delegação argentina rumo ao treino. O brasiliense foi abordado por um repórter de um canal de televisão argentino (TyC). “Como o jornalista me perguntou várias coisas em espanhol e muito rápido, eu não entendi nada. Então, só virei e mostrei a minha tatuagem”, conta. A tevê publicou a imagem nas redes sociais, e o próprio Messi comentou na publicação que estava impressionado e disse que gostaria de autografar a tatuagem.

“Foram três dias sem dormir”, relata Igor, após ver a interação do ídolo. Dois dias depois, a seleção argentina voltou a se hospedar em Brasília, e os jornalistas argentinos ajudaram a promover o encontro entre Igor e
Messi na primeira vez que o craque se aproximou do público na entrada do hotel. A interação não durou mais de 5 minutos. Cercado por seguranças, o jogador pegou uma caneta e autografou as costas de Igor próximo à tatuagem.

“Só consegui cumprimentá-lo com um soquinho e dizer ‘gracias, Messi’”, lembra Igor. O local do encontro do camisa 10 fica a menos de 1 km de distância do estádio onde assistiu pela única vez ao ídolo jogando in loco. Igor esteve no Mané Garrincha na vitória da seleção argentina sobre a Bélgica, por 1 x 0, na Copa do Mundo de 2014. “Eu calculei que a Argentina chegaria às quartas de final e comprei o ingresso antecipadamente para assistir ao Messi. Deu certo”, comemora. O complemento da tatuagem com a assinatura também foi eternizada na pele, mas pelo tatuador.

“Eu nunca tive nenhum desprezo pela seleção argentina, pelo contrário, gosto da escola argentina de futebol, assim como gosto da brasileira”, diz Igor. Como um bom amante do esporte, Igor também joga bola e tem características de atacante, veloz e driblador. A inspiração da infância foi Ronaldinho Gaúcho. “Aí chegou o Messi e começou a fazer tudo melhor e sem precisar fazer uma firula, dar um chapéu. O Messi dá uma finta de corpo e está perto do gol. Ele consegue achar o atalho do gol mais rápido”, avalia Igor.

Desde 2005, quando o argentino começou a aparecer no Barcelona, a admiração desse brasiliense só cresce onde quer que o craque jogue. A torcida é para que ele continue defendendo o clube catalão. “Se ele quiser vir para o São Paulo, também não tem problema”, brinca. “É triste que ele esteja no fim de carreira, mas estamos juntos até o final”, ressalta Igor. Apesar de que isso nem precisaria ser dito em palavras, afinal tem imagens que falam por si.

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Brasil revê Colômbia em palco de "peneira"

 (crédito: Lucas Figueiredo/CBF)
crédito: Lucas Figueiredo/CBF

Há quatro anos, Brasil e Colômbia protagonizavam amistoso no estádio Nilton Santos, no Rio de Janeiro, em homenagem aos 79 mortos no acidente aéreo da Chapecoense. À época, Tite convocou apenas jogadores vinculados a clubes do país. Dezessete deles foram utilizados na vitória por 1 x 0, gol de Dudu. Apenas um aproveitou a oportunidade, conquistou Tite, está na Copa América e dificilmente ficará fora da lista final para a Copa do Qatar-2022: o goleiro Weverton.

Naquele 25 de janeiro de 2017, o Brasil venceu com: Weverton; Fagner, Pedro Geromel, Rodrigo Caio e Fábio Santos (Jorge); Willian Arão (Rodriguinho), Lucas Lima (Gustavo Scarpa), Dudu (Camilo) e Walace ; Robinho (Diego) e Diego Souza (Luan).

Protagonista da conquista da medalha de ouro nos Jogos Olímpicos do Rio-2016, Weverton é um dos três goleiros intocáveis de Tite. Briga pela posição de titular com Alisson e Ederson. Hoje, às 21h, será o dono da posição no reecontro com a Colômbia, no mesmo estádio, pela quarta rodada da fase de grupos da Copa América.

“A gente sabe realmente o quanto é concorrida a posição de goleiro, e sempre foi em todo o histórico da Seleção Brasileira. É procurar fazer o melhor, agarrar a oportunidade, fazer um grande jogo, manter o nível que todos estão tendo, aproveitar a oportunidade e se firmar, que esse é o objetivo”, disse Weverton, na entrevista coletiva de ontem.

Se naquela convocação era 100% brasileira, a da Copa América mostra o quão difícil é um jogador do país ser lembrado pela Seleção. São apenas três nesta edição do torneio. Todos dos dois melhores times do país: Weverton (Palmeiras), além de Éverton Ribeiro e Gabigol (Flamengo).

Weverton terá uma responsabilidade hoje à noite: manter a defesa invicta. A retaguarda verde-amarela não é vazada há seis partidas consecutivas. “É uma grande seleção, de grandes jogadores, de alto nível, que jogam na Europa, em grandes clubes. A gente tem estudado bastante, visto bastante coisas sobre a Colômbia. Vamos terminar essa preparação e focar 100% nas características do jogo e fazer uma boa atuação”, comentou.

À beira do campo, Tite duelará com Reinaldo Rueda. Em 2017, o técnico colombiano estreou no Flamengo justamente no Nilton Santos em um clássico contra o Botafogo. Agora, inicia o trabalho à frente dos campeões de 2001. “Nossos enfrentamentos com a Colômbia foram sempre muito difíceis. Se a gente voltar, dos amistosos que a gente fez a jogos das Eliminatórias, eles sempre tiveram o mais alto nível de exigência. Passei isso aos atletas e estou falando não como supervalorização, mas reconhecimento das dificuldades”, comentou Tite na entrevista coletiva.

Rueda defendeu, ontem, que a Colômbia mantenha a posse de bola para que seja pouca agredida no duelo de hoje. “Precisamos reagir com ordem e inteligência”.


FASE DE GRUPOS

4ª Rodada

Hoje
18h Equador x Peru
21h Brasil x Colômbia

Amanhã
18h Bolívia x Uruguai
21h Chile x Paraguai

 

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