TÊNIS

Relembre a família brasiliense que marcou o tênis e promete novos talentos

Irmãos Cláudia e Carlos Chabalgoity foram destaques do tênis brasileiro da década de 1980 e, hoje, seguem impulsionando o esporte. Nova geração promete novas conquistas

No Dia do Tenista, comemorado neste 9 de junho, o Correio relembra uma família que levou o nome da capital federal para pódios e competições internacionais de tênis. A brasiliense Cláudia Chabalgoity foi um dos principais nomes da modalidade nacional nos anos 1980. O irmão mais velho dela, Carlos Eduardo Chabalgoity, também conhecido como Chapecó, foi outro destaque do cenário internacional juvenil. Agora, o filho dele, Pedro Henrique, 13 anos, dá mostras de que herdou o talento do pai e da tia.

Tudo começou com a mãe dos dois irmãos, quando decidiu colocar Carlos nas aulas de tênis aos 9 anos. A irmã seguiu os passos do irmão mais velho. Ela começou na modalidade aos 3 anos, estreou em competições com apenas 5 anos e trilhou uma carreira profissional marcante. Cláudia foi a primeira brasileira a conquistar quatro medalhas nos Jogos Pan-Americanos, em Havana-1991 (uma de ouro, duas de prata e uma de bronze) e representou o Brasil nos Jogos Olímpicos de 1992, em Barcelona. A carreira foi encerrada em 1994, por causa de uma tendinite no ombro.

Além das histórias que escreveram dentro das quadras, os irmãos Chabalgoity seguem inspirando e fomentando o esporte em Brasília. Cláudia toca o projeto “Tô no Jogo - tênis interativo”, que oferece atividades adaptadas do esporte a pessoas com deficiência física e intelectual, buscando proporcionar convívio social, melhora no equilíbrio e na capacidade de coordenação motora e a construção de uma auto-imagem positiva. Enquanto Carlos trabalha no projeto social Rede Tênis Brasil, que visa a popularização da modalidade, a detecção de talentos e o desenvolvimento dos participantes como indivíduos.

Carlos abriu as portas do clã Chabalgoity para o tênis. Apenas um ano após começar na modalidade, o então garoto de 10 anos sagrou-se campeão brasileiro da categoria. Em uma ascensão meteórica, ele chegou a ser bicampeão no Orange Bowl, nos Estados Unidos, considerado o campeonato mundial juvenil. Mas a carreira profissional não se estendeu muito. Sentindo-se já saturado aos 22 anos, Chapecó decidiu trilhar outros caminhos. Foi convidado por um projeto no Japão e iniciou uma trajetória como treinador, que depois deu sequência no Brasil.

Diante do talento do filho nas quadras, passou a dedicar-se com mais afinco à formação dele enquanto atleta. Pedro Henrique começou a brincar com a raquete de tênis aos 4 anos. Hoje, aos 13, acumula torneios e alguns troféus. O rapaz não participou de competições desde o início da pandemia, mas pretende voltar no segundo semestre, em torneios na Europa, com objetivo de começar a somar pontos no ranking do circuito do Velho Continente da categoria de 13 e 14 anos. Segundo o pai, fator importante para poder disputar torneios cada vez mais importantes.