A Inglaterra chega pela primeira vez à final da Eurocopa depois da virada de ontem por 2 x 1 contra a Dinamarca, em Londres, com fama de quebrar tabus na Era Southgate.
Não era semifinalista da Copa desde 1990. Terminou em quarto lugar em 2018, na Rússia. Era freguesa da Alemanha. Despachou os germânicos nas oitavas desta Euro. Não figurava entre os quatro melhores do torneio continental desde 1996. Foi além: está na decisão pela primeira vez. Volta a uma final após 55 anos. A única havia sido na Copa de 1966 contra a Alemanha, no velho Wembley.
O futebol está voltando para casa, diz o slogan da apaixonada torcida inglesa, mas há outro tabu a ser quebrado no domingo, às 16h, contra a Itália. Quem sabe, o último no excelente trabalho de reconquista do respeito inglês. Uma maldição a exorcizar: os últimos dois anfitriões da final da Eurocopa perderam o título.
Em 2016, a França deixou a taça escapar contra Portugal, no Estádio Saint-Denis. Na edição de 2004, Portugal foi superado pela Grécia no Estádio da Luz, em Lisboa. A França, não a de Mbappé, mas aquela de Michel Platini, é a última dona da casa campeã. Bateu a Espanha, em 1984, no Parque dos Príncipes.
Chegou a vez da Inglaterra. O aproveitamento dos Três Leões na casa própria é de 100%. Decidiu a Copa contra a Alemanha, em 1966, e levou o caneco na polêmica vitória por 4 x 2 na prorrogação.
Por falar em tempo extra, esta edição da Eurocopa registra recorde. Dos 14 confrontos do mata-mata, sete foram para a prorrogação. Bateu as cinco de 1996 e 2016. A Itália foi ao “overtime” contra a Áustria nas oitavas e aos pênaltis diante da Espanha. A Inglaterra encarou prorrogação contra a Dinamarca.
Virada com a marca de Sterling. O atacante do Manchester City só não fez o primeiro gol porque Kjaer antecipou o serviço e marcou contra. Posou de malandro ao cair na área na prorrogação. Ludibriou o árbitro e cavou o pênalti da virada. Kane cobrou, Schmeichel defendeu, mas o centroavante aproveitou o rebote e decretou o triunfo inglês em uma noite dos sonhos para 60 mil súditos.
A Inglaterra sofreu com o gol épico de Maradona e "la mano de D10S" nas quartas da Copa de 1986. Chorou a queda nos pênaltis na semi do Mundial de 1990 contra a Alemanha. Amargou a eliminação em casa, também nos pênaltis, diante da Alemanha, na Euro-1996. Perdeu para a Croácia na semifinal da Copa de 2018, em Moscou. Agora, o título inédito da Euro nunca esteve tão perto.
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