Nado sincronizado

O drama olímpico das mães lactantes

Correio Braziliense
postado em 22/07/2021 00:15
 (crédito: Reprodução/Instagram)
(crédito: Reprodução/Instagram)

Duas vezes medalhista olímpica, a nadadora espanhola do nado sincronizado Ona Carbonell enfrentou um difícil dilema antes de viajar para Tóquio: competir pela terceira vez nos Jogos Olímpicos ou ficar em casa com Kai, seu bebê de menos de um ano, que ela continua amamentando e que não poderá acompanhá-la ao Japão.

As duras restrições sanitárias impostas pelas autoridades japonesas para evitar a disseminação da covid-19 tornaram impossível para a família da nadadora acompanhá-la a Tóquio, a fim de desempenhar simultaneamente seu duplo papel de mãe lactante e atleta de elite.

Popular na Espanha por sua carreira esportiva e por ter vencido um famoso concurso de culinária, Carbonell, de 31 anos, teve seu primeiro filho em agosto passado. O Comitê Olímpico Internacional (COI) autorizou, mas o governo impôs condições. “Pablo (seu companheiro) e Kai teriam que ficar em um hotel que não saberíamos a que distância estaria da Vila Olímpica e eles não poderiam sair do quarto nos 20 e poucos dias de estada em Tóquio”, relatou. “Para amamentar, eu teria que sair da Vila Olímpica e sair da bolha sanitária, então colocaria em risco a equipe”.

O pequeno Kai ficou na Espanha. Chateada, ela espera que sua queixa e a de outras atletas ajude a mudar essa situação .

“Vou ficar com a bomba de leite por mais de 20 dias e espero apenas que, quando chegar, possa continuar amamentando, que eu continue a ter leite e que Kai continue a mamar no peito”, diz.

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