O Brasil é um país de tantos esportes, futebol, vôlei, ginástica, atletismo, mas, quando se trata de Olimpíadas, o judô se destaca. A modalidade individual é a que mais premiou o Brasil em Jogos Olímpicos. Desde as Olimpíadas de Munique, em 1972, são 22 medalhas conquistadas. E a jornada brasileira nos tatames ganha um novo capítulo ainda nesta sexta-feira (23/7), às 23h, quando Gabriela Chibana e Eric Takabatake competem pelas rodadas qualificatórias em busca das vagas nas finais e, consequentemente, pelo lugar mais alto do pódio. Os dois judocas abrem o caminho para os outros 11 brazucas, incluindo a cria da Ceilândia, Ketleyn Quadros, que competirão nos próximos dias.
O judô é sinônimo de alegrias para o Brasil, seja nas Olimpíadas ou em competições internacionais, os atletas brasileiros costumam conquistar bons resultados. E para abrir os trabalhos na terra do sol nascente, a paulistana Gabriela Chibana, de 27 anos, encara Harriet Bonface, do Malawi. O embate acontece pela categoria até 48kg.
Tóquio 2020 será o primeiro desafio olímpico para Gabriela Chibana, neta de japoneses que, em 2018, competiu em seu primeiro Campeonato Mundial na categoria adulta, realizado em Baku, no Azerbaijão. Na galeria de conquistas, a judoca conta com um bronze no Mundial Militar, prata no Grand Slam de Brasília e outra prata no Open de Guadalajara.
Em 2020, a atleta do Esporte Clube Pinheiros sofreu uma ruptura total no ligamento do joelho, quando uma colega de treino caiu sobre sua perna. Enfermeira e judoca, Gabriela teve de passar por uma cirurgia.
“É uma tradição da família praticar judô Ir para a Olimpíada é minha maior conquista, principalmente porque em 2020 passei por uma cirurgia no joelho. Foi um trabalho de superação para buscar o sonho de uma vida inteira. Agora, sinto uma mistura de várias emoções”, disse ao portal do Pinheiros.
Número 15 do mundo fará estreia em Tóquio
A segunda dose de judô brasileiro na madrugada de sexta para sábado (24/7) chega por Eric Takabatake, na disputa de até 60 kg masculino. O primeiro desafio do paulista de São Bernardo do Campo será diante de Soukphaxay Sithisane, de Laos. Aos 30 anos, Takabatake é considerado um dos principais judocas do cenário nacional, pois é o mais bem colocado no ranking da IJF, a Federação Internacional de Judô. Com 3702 pontos, o paulista ocupa a 14ª posição na classificação da entidade internacional da modalidade. O primeiro é o japonês Ryuju Nagayama, que não disputará os Jogos de Tóquio.
Judoca do E.C. Pinheiros, Takabatake defende o Brasil nas categorias adultas desde 2013. De lá pra cá, são 17 conquistas, com seis ouros, cinco pratas e quatro bronzes, além de um Campeonato Paulista e o tricampeonato do Troféu Brasil Interclubes.
Apesar das experiências nacionais e internacionais, Eric Takabatake desembarcou no Japão para sua estreia em Olimpíadas. “Eu acompanhei os Jogos Rio 2016 e senti que o clima é diferente. A vaga para Tóquio é a minha maior realização, até que venha a medalha”, comentou ao Pinheiros.
Brasiliense e outros 10 completam a seleção de judocas
Além dos estreantes desta sexta-feira, a delegação brasileira conta mais 11 judocas: Daniel Cargnin, Eduardo Katsuhiro, Eduardo Yudy, Rafael Macedo, Larissa Pimenta, Rafael Buzacarini, Rafael Silva, Maria Portela, Mayra Aguiar, Maria Suelen Altheman e a brasiliense Ketleyn Quadros.
Dos 13 nomes que compõem o grupo incumbido de representar o Brasil nos tatames, sete, incluindo Gabriela e Eric, estarão pela primeira vez na disputa olímpica: Daniel Cargnin, Eduardo Katsuhiro, Eduardo Yudy, Rafael Macedo e Larissa Pimenta.
As estreias dos demais judocas brasileiros acontecem a partir do sábado (24/7), às 23h. Representando o Distrito Federal, Ketleyn Quadros estreia na segunda-feira (26/7), às 23h32, pela disputa de até 63 kg feminino.
Medalhas no judô
Principal fonte de medalhas do Brasil em Jogos Olímpicos, o Judô conquistou até aqui um total de 22 medalhas: quatro ouros, três pratas e 15 bronzes. O segundo esporte que mais premiou o país o Brasil é a vela, com 18 medalhas. E fechando o pódio de triunfos verde-amarelo, está o atletismo, que em 17 oportunidades levou alegrias ao povo brasileiro.
*Estagiário sob supervisão de Marcos Paulo Lima
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