TÓQUIO 2020

Gabriel Medina perde disputa do bronze olímpico para australiano Owen Wright

Brasileiro enumera tentativas no mar de Tsurigasaki, ganha notas contestadas pela torcida em duas manobras e acaba sofrendo revés em bateria decisiva diante de surfista australiano

Danilo Queiroz
postado em 27/07/2021 02:58 / atualizado em 27/07/2021 03:09
 (crédito: Jonne Roriz/COB)
(crédito: Jonne Roriz/COB)

Gabriel Medina lutou nas águas da praia de Tsurigasaki, mas não conseguiu conquistar uma medalha de bronze na estreia da modalidade nos Jogos Olímpicos de Tóquio. Diante do australiano Owen Wright, o brasileiro tentou dropar diversas ondas. Porém, ele não conseguiu encaixar uma manobra no padrão das alcançadas nas eliminatórias, perdeu por 11.97 a 11.77 e viu o sonho de um pódio ser adiado.

Na disputa do bronze, a bateria ganhou cinco minutos a mais. Ao contrário das duas outras disputas do dia, Medina não encaixou bem as primeiras ondas. Com isso, o australiano realizou um backside, se segurou bem na prancha e largou na frente com 7.00. O brasileiro respondeu em seguida também com um backside, deu uma rasgada na onda e soltou um aéreo na boca do tubo. A manobra, porém, lhe rendeu apenas 5.43 pontos.

Com o mar mexido, as remadas em busca de boas ondas eram ainda mais exaustivas. Arriscando, Gabriel Medina tentou por duas vezes seguidas aéreos com rotações, mas não conseguiu se manter de pé na prancha. As novas tentativas do brasileiro, porém, fizeram a diferença geral ficar em apenas 0.10. Naquela altura, a necessidade para ultrapassar o australiano era de 3.18.

A sequência da bateria reservou um período com poucas ondas boas para surfar. Porém, faltando 12 minutos para o fim, os dois adversários conseguiram encaixar ondas longas praticamente um atrás do outro. As três manobras de Medina renderam uma nota de 5.77. A resposta do australiano somou 5.47 e manteve Wright na frente da busca pelo bronze olímpico. A necessidade do brasileiro para virar subiu para 6.21.

Em uma nova tentativa, Gabriel conseguiu encaixar um fantástico aéreo nas águas da praia de Tsurigasaki. Os juízes demoraram bastante para avaliar a manobra do brasileiro. Em nova decisão contestada pela torcida do brasileiro, a manobra do brasileiro rendeu apenas 6.00. No fim, Medina buscou mais uma onda, mas não encaixou. Com dificuldade de voltar ao ponto central, ele não teve novas oportunidades para subir ao pódio.

Em entrevista à TV Globo ao fim da bateria, o surfista brasileiro evitou criticar de forma incisiva as decisões dos juízes. “É difícil quando isso acontece. Muita gente me mandou mensagem. É triste você passar o ano inteiro treinando e acontecer isso. Fazer o que? Agora só vou pensar em surfar, fazer o meu trabalho e me divertir na água. O que vier é lucro”, lamentou Medina.

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