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Boxe: Abner Teixeira é superado por cubano, mas conquista bronze para Brasil

Antes de Abner entrar no ringue, Wanderson de Oliveira foi eliminado nas quartas de finais. Já na madrugada, Beatriz Ferreira avançou às semifinais e garante o bronze

Júlia Mano*
Victor Parrini*
postado em 03/08/2021 07:55 / atualizado em 03/08/2021 08:47
 (crédito: Luis Robayo/POOL /AFP)
(crédito: Luis Robayo/POOL /AFP)

No início da manhã desta terça-feira (3), os brasileiros Beatriz Ferreira, Wanderson de Oliveira e Abner Teixeira entraram no ringue da Arena Kokugikan, no Japão. Beatriz foi a primeira a lutar, deixando a sua marca nas Olimpíadas de Tóquio-2020, avançou às semifinais. Wanderson enfrentou o cubano Andy Cruz e se despediu do torneio nas quartas de finais. Abner foi superado pelo também cubano Julio La Cruz, mas leva a medalha de bronze na mala.

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Abner retorna para casa com bronze

Fechando a atuação brasileira no ringue na Arena Kokugikan, Abner Teixeira encarou cubano Julio La Cruz disputando vaga na final na categoria peso pesado (até 91 kg). O duelo foi equilibrado, mas o cubano conseguiu as melhores notas nos três rounds e vai brigar pelo ouro. O brasileiro ficou com o bronze, pois no boxe não há disputa pelo terceiro lugar.

Mesmo conseguindo encaixar uma sequência de jabs diretos, o adversário do brasileiro desferiu golpes efetivos no início do primeiro assalto e, na seguida, ficou circulando com a guarda baixa e levou a melhor no round. O segundo assalto foi bastante equilibrado, mas a atuação consistente de Julio La Cruz com golpes mais curtos ganhou as maiores notas dos juízes. No terceiro, o cubano cresceu sobre o brasileiro que golpeou mais na linha da cintura.

Descontente com o resultado da luta pelo esforço que faz para não ser derrotado, Abner comemorou a conquista do bronze. “Pelo fato de ser medalhista, estou bem feliz. Foi o que eu tinha me proposto a fazer. É a realização de um sonho. Assisti às Olimpíadas de Londres-2012 e queria estar junto, não só participando, mas ganhando uma medalha”, disse ao SporTV.

Beatriz Ferreira avança com autoridade

Beatriz Ferreira segue fazendo história no boxe. Em 30 disputas por pódio, a baiana esteve 29 vezes entre as três melhores. Na briga por uma vaga à semifinal em Tóquio, a pugilista verde-amarela enfrentou Raykhona Kodirova, do Uzbequistão, e avançou sem grandes dificuldades.

A vitória veio por unanimidade dos cinco juízes. No primeiro round, Beatriz controlou as principais ações e encaixou bons jabs e diretos de esquerda e direita. Focada, no segundo assalto a baiana não diminuiu o ritmo e seguiu dominando, aplicando ótimos golpes e, quando exigida, realizando boas esquivas. Já no terceiro período, a brasileira cercou a uzbeque e desferiu uma série investidas, que garantiu a vitória no combate. Classificada à semifinal, Beatriz Ferreira garantiu, no mínimo, a medalha de bronze. O próximo compromisso da brazuca será na quinta-feira (5/8), às 2h15, diante da finlandesa Mira Potkonen.

Apesar da garantia da medalha de bronze, Beatriz segue focada em ser campeã. "A gente está treinando para o ouro, queremos o lugar mais alto do pódio. Ninguém pode se contentar só com o bronze, quero mais, mas já estou feliz com o pódio", declarou ao SporTV.

Wanderson de Oliveira fica pelo caminho

Segundo brasileiro a entrar no ringue nesta terça-feira (3/8), Wanderson de Oliveira enfrentou o cubano Andy Cruz, um dos principais nomes do cenário e favoritos ao ouro olímpico na categoria peso-leve. O primeiro round foi eletrizante, com boas investidas dos dois pugilistas. No entanto, Cruz foi mais efetivo e recebeu a nota máxima de três dos cinco juízes no assalto inicial. No período seguinte, o cenário de trocas intensas se repetiu e, mais uma vez, o cubano levou a melhor. Precisando da recuperação no combate, o carioca tentou ser intenso, mas não conseguiu manter a performance e sofreu uma sequência de jabs e diretos do adversário. O resultado da luta foi para a decisão técnica, com Andy Cruz vencendo por 4 x 1.

Mesmo derrotado, Wanderson deixa Tóquio de cabeça erguida e feliz pela primeira vez em Olimpíadas. “É uma emoção enorme, é muito difícil alguém como eu, da periferia, chegar nos Jogos Olímpicos. Graças ao meu esforço consegui chegar e hoje estou representando o Brasil todo. Depois que comecei a lutar eu passei a querer mais e mais”, contou ao SporTV.

 

Confira a tabela de medalhas

 

*Estagiários sob supervisão de Marcos Paulo Lima

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