Uma punição sofrida na última volta da disputa dos 20 km da marcha atlética fez o Brasil perder a possibilidade de ganhar uma medalha inédita na modalidade nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020. Na madrugada desta sexta-feira (6/8) - tarde no fuso horário japonês -, Erica Sena fez uma corrida consistente, mas sofreu três advertências, precisou ficar parada por dois minutos e acabou terminando a competição em 11° lugar.
Sétima colocada na mesma prova na Rio-2016, Erica estava a cerca de 400 metros da chegada no momento crucial. Fiscalizados de forma rigorosa, cada atleta da marcha atlética pode sofrer somente duas punições por fazer qualquer movimento diferente de marchar. Como cometeu o erro três vezes, a brasileira precisou ficar parada por dois minutos, o que aumentou seu tempo para 1h31m39s e afetou bruscamente o bom desempenho na busca pelo pódio.
Durante o tempo em que cumpria a punição e ao fim da prova nas ruas de Sapporo, em Tóquio, Erica Sena ficou desolada e chorou bastante o deslize que custou a inédita medalha de bronze para o Brasil. Ela liderou a etapa nos dois primeiros quilômetros, chegou a cair para o quarto lugar e recuperou a terceira punição na metade da prova. Aos 15km, ela chegou a estar novamente na frente e viu clarear o sonho da conquista inédita.
Após voltar ao quarto lugar, a 2 km do fim, Erica ultrapassou a chinesa Jiaju Young após a adversária sofrer a mesma punição de dois minutos parada. Próximo a linha de chegada, ela também foi advertida e deu adeus à medalha. O ouro ficou com a italiana Antonela Palmisano, com o tempo de 1h29m12s. Ela foi seguida da colombiana Sandra Lorena Arenas e da chinesa Hong Liu.
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