Série B

Em meio à polêmica, Cruzeiro revê torcida

Rafael Arruda
postado em 20/08/2021 00:32
 (crédito: Bruno Haddad/Cruzeiro)
(crédito: Bruno Haddad/Cruzeiro)

Belo Horizonte — Depois de mais de um ano jogando de portões fechados, o Cruzeiro sentirá o calor de sua torcida contra o Confiança, às 21h30, no Mineirão, pela 20ª rodada da Série B — a primeira do returno. Autoridades sanitárias da prefeitura de Belo Horizonte permitiram a presença de público limitada em 30% da capacidade do estádio. O evento de hoje poderá receber 17.971 espectadores de um total de 62.170 lugares.

O acesso do torcedor ao Mineirão será liberado mediante apresentação de teste negativo de covid-19 em exame realizado em até 72 horas antes do jogo. Na parte interna do estádio, os cruzeirenses terão de usar máscara e manter distanciamento de um assento frontal e lateral em relação a pessoas fora do círculo de convívio. As aglomerações no jogo entre Atlético e River Plate, quarta-feira, pela Libertadores, ligaram o sinal de alerta. Em entrevista à tevê Globo, o prefeito Alexandre Kalil afirmou ter ficado desesperado ao ver imagens da multidão desrespeitando os protocolos de prevenção ao coronavírus dentro e fora da arena.

"Do jeito que está não vai ter, não. Isso foi um acerto entre o Mineirão e o Atlético. Primeiro, foi bom o resultado, todo mundo sabe, nunca escondi meu coração atleticano para ninguém. Mas, quando vi aquela cena no Mineirão, eu desesperei. Ontem mesmo entrei em contato com o secretário de Saúde (Jackson Machado)”.

Todavia, Kalil ressaltou que os torcedores celestes não seriam penalizados pelos acontecimentos em Atlético x River Plate. “De maneira alguma, o Cruzeiro não tem nada a ver com o comportamento da torcida do Atlético. Não faz sentido o cruzeirense pagar por isso”, ponderou. O último jogo do Cruzeiro com público foi na derrota por 2 x 0 para o CRB, em 11 de março de 2020, pela ida da terceira fase da Copa do Brasil.

Com 21 pontos nas 19 primeiras rodadas da Série B, o Cruzeiro precisará de mais de 70% de aproveitamento no returno (40 pontos em 57) para chegar a 61 e retornar à elite do Campeonato Brasileiro. Embora a caminhada seja difícil, o desempenho recente sob o comando de Vanderlei Luxemburgo renovou as esperanças dos torcedores. Com o técnico, o time acumula duas vitórias e dois empates em quatro jogos — Brusque (2 a 1), Vitória (2 x 2), Sampaio Corrêa (1 x 1) e Náutico (1 x 0).

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Vasco tenta contornar problema com a Justiça

Ainda sem se encontrar na disputa da Série B do Campeonato Brasileiro, o Vasco está atravessando um problema gravíssimo nos bastidores: a execução por parte da Justiça de 93,5 milhões em dívidas trabalhistas. Nos bastidores, a diretoria do Cruzmaltino se desdobra para encontrar soluções capazes de contornar a questão. Na terça-feira, dia da decisão, a diretoria analisou que a medida tinha o interesse de “encerrar as atividades do clube”.

Segundo o portal GE, o time carioca está agindo para elaborar um novo plano substituir o extinto Ato Trabalhista e regularizar o problema. A ideia é aderir ao Regime Centralizado de Execuções, uma possibilidade prevista na lei de instituição do clube-empresa no Brasil. Atualmente, o Vasco tem retidas porcentagens das receitas contratos de transmissão, da fornecedores de materiais esportivos, da venda de jogadores, além de outros créditos.

Botafogo
Quem também está próximo de enfrentar o mesmo problema é o Botafogo. Ontem, o alvinegro teve instaurado contra si um Regime Especial de Execução Forçada (Reef). O valor da execução de recursos do Glorioso deve ser próximo ao enfrentado pelo Vasco. O clube carioca teve o Ato Trabalhista cancelado poucos dias depois do cruzmaltino. O caso ainda cabe recurso.

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