No Japão, o verão continua quente de competições esportivas. Primeiro foi a Olimpíada. Agora, Tóquio já assistiu a metade dos Jogos Paralímpicos de 2021.
Mais de 4.000 atletas estão competindo em 22 esportes nas mesmas instalações olímpicas em toda a cidade.
Mais de 750 medalhas já foram conquistadas.
Aqui está um panorama da primeira semana na Paralimpíada de Tóquio:
Chama paralímpica está acesa
Uma grande cerimônia de abertura marcou o início dos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2021 em 24 de agosto.
Fogos de artifício explodiram no céu noturno acima do Estádio Olímpico, enquanto, do lado de fora, um pequeno grupo de manifestantes segurava cartazes pedindo a paralisação dos Jogos.
O tema da cerimônia foi "nós temos asas". Segundo os organizadores, o lema ajuda a aumentar a conscientização sobre a coragem dos jogos e atletas paralímpicos.
"Não acredito que finalmente chegamos aqui", disse Andrew Parsons, presidente do Comitê Paralímpico Internacional, em seu discurso de abertura.
"Muitos duvidaram que esse dia aconteceria. Muitos pensaram que seria impossível. Mas, graças aos esforços de muitos, o evento esportivo mais transformador da Terra está prestes a começar."
Afeganistão presente
Os dois atletas paraolímpicos do Afeganistão finalmente chegaram a Tóquio nesta semana. Depois de serem retirados de Cabul, eles voaram para Paris antes de chegar ao Japão.
Zakia Khudadadi e Hossain Rasouli foram recebidos na vila dos atletas por um grupo que incluía o presidente do IPC, Andrew Parsons.
"Nunca perdemos as esperanças", disse Parsons.
"Sempre soubemos que havia uma chance remota de os dois atletas participarem dos Jogos, motivo pelo qual a bandeira afegã foi exibida na cerimônia de abertura na terça-feira."
Zakia, 23, será a primeira atleta feminina do país a competir na Paralimpíada desde Atenas 2004. Ela vai competir na quinta-feira, 2 de setembro, na categoria de peso feminino K44 -49kg, enquanto Hossain compete na prova masculina de atletismo T47, de 400 metros, na ??sexta-feira.
Casal paralímpico ganha ouro no ciclismo
Os ciclistas Lora Fachie e Neil Fachie ganharam o ouro paralímpico pela Grã-Bretanha esta semana.
"Tem dias que são bons no relacionamento, e tem dias como hoje que nunca vamos esquecer", disse Neil, após as vitórias.
Neil, pilotado por Matt Rotherham, também quebrou seu próprio recorde mundial no contra-relógio B 1.000m com o tempo de 58,038 segundos.
Pouco depois, a dupla formada por Lora e Corrine Hall, da Grã-Bretanha, também venceram sua prova.
Irmãs ganham primeiras medalhas do Equador
Antes desses Jogos, o Equador nunca havia conquistado uma medalha paralímpica. Mas duas irmãs conseguiram levar para casa duas medalhas por seu país no mesmo evento.
Poleth Isamar Mendes Sanchez venceu o arremesso de peso feminino F20, além de quebrar o recorde mundial. Enquanto sua irmã Anais pegou o bronze.
Um primeiro desempenho de medalha igualmente emocionante foi celebrado por Salum Ageze Kashafali. Originário da República Dominicana do Congo, Salum, agora um refugiado, comemorou sua medalha de ouro paralímpica pela Noruega depois de correr os 100 metros mais rápidos da história dos Jogos Paralímpicos.
Já a brasileira Mariana D'Andrea ganhou a primeira medalha de ouro paraolímpico no levantamento de peso.
Houve também uma conclusão surpreendente na final do arremesso de peso masculino F40, quando o atual campeão paralímpico, o iraquiano Garrah Tnaiash, quebrou o recorde mundial com 11,15 metros em sua última tentativa de bater o russo Denis Gnezdilov na disputa pela medalha de ouro.
Mas o russo ainda tinha uma tentativa restante e ele melhorou a marca de Tnaiash em apenas um centímetro (11,16 m) para arrebatar o ouro.
Cinco países fazem história do esporte
Cinco países fizeram sua estreia nos Jogos Paralímpicos de Tóquio neste ano.
Butão, Guiana, Maldivas, Paraguai, São Vicente e Granadinas produziram atletas com chance de lutar por uma medalha.
Kiribati, nação insular do Pacífico, também faria sua estreia nos Jogos, mas foi forçada a se retirar devido às restrições de viagem causadas pela pandemia de covid-19.
China assume a liderança nas Paralimpíadas de Tóquio
A China lidera atualmente o quadro de medalhas com mais de 100 no total. Grã-Bretanha e Estados Unidos estão em segundo e terceiro, respectivamente.
Mas ainda falta uma semana inteira de competições pela frente.
O badminton e o taekwondo farão sua estreia paralímpica nessa próxima semana, e há muito mais medalhas a serem conquistadas no atletismo, tiro e natação.
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