Natação paralímpica

Maior medalhista brasileiro, Daniel Dias disputa última prova da carreira

Dono de 27 medalhas paralímpicas, Daniel Dias anunciou que vai se aposentar após os Jogos Paralímpicos de Tóquio, em que se despede nesta terça ou quarta-feira nos 50m livre da classe S5

Maíra Nunes
postado em 31/08/2021 19:18
 (crédito: CPB/ Divulgação)
(crédito: CPB/ Divulgação)

Lenda do esporte paralímpico mundial e o maior medalhista do Brasil nos Jogos Paralímpicos, Daniel Dias se despedirá das competições na noite desta terça ou na manhã de quarta-feira (1º de setembro). Após chegar à 27ª medalha paralímpica nos Jogos de Tóquio, o nadador pula na piscina para disputar os 50m livre da classe S5, a última prova dele antes da aposentadoria das competições. As classificatórias estão marcadas para as 22h34. Se o paulista se classificar para a final, vai travar a última briga por pódio às 7h36.

O maior ícone do esporte paralímpico brasileiro encerrará uma trajetória que começou a dar mostras do fenômeno que seria há 13 anos, quando estreou nos Jogos Paralímpicos de Pequim-2008 subindo nove vezes ao pódio, façanha que desbancou o nadador compatriota Clodoaldo Silva, que havia conquistado sete medalhas em uma mesma edição dos Jogos. Durante a carreira, Daniel Dias disputou quatro Paralimpíadas e somou 14 medalhas de ouro paralímpicas, sete de prata e seis de bronze, totalizando 27.

Nos Jogos de Tóquio-2020, ele ampliou a coleção de medalhas em Paralimpíadas com mais três bronzes: os 100m livres S5, nos 200m livres S5 e no revezamento 4x50m livres misto de até 20 pontos. O nadador também disputou as finais em outras duas provas, terminando na 6ª colocação dos 50m peito da classe S5 e na 5ª dos 50m costa S5. E se despedirá da competição aos 33 anos, após a disputa de seis provas.

Acostumado a comentar as conquistas dentro da água após a saída da piscina, Daniel Dias manteve a tradicional concentração nas entrevistas que concedeu na capital japonesa, mas, por vezes, a voz trêmula entregou que a emoção pela despedida tornou tudo mais especial. A opção por ter mais tempo para dedicar-se à esposa Raquel e aos três filhos, Asaph, Daniel e Hadassa foi anunciada em janeiro deste ano.

Além do clima saudosista, Daniel encarou um desafio inédito dentro d'água. Uma reclassificação realizada a partir de 2018 com base em novas estratégias de classificação igualou a classe de adversários que antes estavam em classes destinadas a menores comprometimentos físico-motores.

Os reflexos foram percebidos nos tempos dentro da piscina, como os seis recordes mundiais de Daniel que foram batidos por novos nomes da classe S5. Ainda assim, o paulista subiu ao pódio quatro vezes no Mundial de Natação Paralímpica de Londres-2019 e tem a chance de subir pela quarta vez no pódio das Paralimpíadas de Tóquio-2020.

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