ELIMINATÓRIAS

Levou com a barriga

Em dia de recorde e desabafo de Neymar, Seleção vence o Peru, por 2 x 0, na Arena Pernambuco, segue isolada na liderança, mas deixa a desejar com atuação burocrática durante boa parte dos 90 minutos

Danilo Queiroz
postado em 10/09/2021 00:22
 (crédito: Nelson Almeida/AFP)
(crédito: Nelson Almeida/AFP)

No domingo, o Brasil extravasou a frustração inesperada de não enfrentar a Argentina, na Neo Química Arena, com uma atividade leve em campo para não perder o dia de trabalho. Parecia prever o que seria o próximo compromisso pelas Eliminatórias. Ontem, na Arena Pernambuco, o jogo teve ritmo de treino. Sem dificuldades e dosando as ações, a Seleção venceu o Peru, por 2 x 0, em jogo de novo recorde de Neymar que, chateado com as críticas, desabafou.

Tite cumpriu o prometido e usou a mesma formação de São Paulo. Gerson foi observado e Gabigol pôde atuar próximo da área. O destaque, porém, foi outro rubro-negro. Everton Ribeiro marcou o primeiro e gerou o rebote do tento de Neymar. O gol foi histórico para o camisa 10. Ele chegou ao 12º e se isolou como o maior artilheiro do país em Eliminatórias, se descolando de Romário e Zico, com 11. No fim, o atacante reclamou de perseguição. “Não sei o que fazer com essa camisa para a galera começar a respeitar o Neymar.”

Com a bola rolando, rapidamente o Brasil tomou o domínio da partida. Com recuperações seguidas no ataque, a Seleção perdeu chance com Gerson, aos nove, mas marcou com Everton Ribeiro, aos 13, após boa jogada individual de Neymar. A blitz ofensiva seguiu até a segunda bola entrar na rede. Após rebote de chute de Ribeiro, Neymar apareceu livre para empurrar para o gol.

O Brasil voltou em cima e perdeu um gol logo aos 40 segundos com Gabi. Porém, após o lance, o time levou o jogo em banho-maria. Burocráticas, nenhuma das equipes levou grande perigo para os goleiros. Satisfeita com o resultado, a Seleção não fazia questão de acelerar os movimentos. As alterações promovidas por Tite até tentaram modificar o ritmo, mas o marcador não mudou.

Argentina

No primeiro jogo diante da torcida após a conquista da Copa América — que interrompeu uma fila de 28 anos sem grandes título —, a Argentina deu show sob a batuta de Lionel Messi. O camisa 10 marcou os três gols da vitória sobre a Bolívia, ultrapassou Pelé para se consolidar com o maior artilheiro de seleções sul-americanas (79 x 77) e se emocionou. Após a vitória, o craque não conteve as lágrimas ao vibrar com a taça continental no gramado.

“Tive muita ansiedade, muita vontade de ganhar. Esperei muito por isso. Vencemos o jogo que era importante e agora é comemorar. Há muito que procurava isso. Graças a Deus foi me dado. Foi um momento único por onde e como foi feito. Ele deu depois de tanta espera. Não tinha jeito melhor e poder comemorar (com a torcida) é incrível. Minha mãe, meus irmãos estão na arquibancada. Eles sofreram muito, mas estou muito feliz", disse Leo.

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