LIBERTADORES

Bola na trave não altera o placar

Hulk desperdiça cobrança de pênalti para o Galo, e primeiro jogo da semifinal termina 0 x 0

Túlio Kaizer - Enviado especial
postado em 22/09/2021 00:23
 (crédito: Cesar Greco)
(crédito: Cesar Greco)

São Paulo — Ninguém conseguiu sair em vantagem na primeira partida da semifinal da Libertadores. Em jogo de poucas chances ontem à noite, no Allianz Parque, em São Paulo, Palmeiras e Atlético ficaram no empate por 0 x 0. O Galo teve domínio da posse de bola durante todo o jogo e criou as melhores chances, inclusive um pênalti, no fim do primeiro tempo. Hulk cobrou e acertou a trave.

A decisão da vaga será na próxima terça-feira, às 21h30, no Mineirão. Diferentemente do jogo de ontem, a partida no Gigante da Pampulha terá a presença dos torcedores atleticanos. A maior parte dos ingressos disponibilizados foi comercializada.

Para o Atlético se classificar no tempo normal, precisa vencer o jogo. Novo empate sem gols leva a disputa da vaga na decisão para os pênaltis. Qualquer outro resultado favorece ao time paulista.

O Atlético entrou em campo com quatro jogadores no meio-campo e dois atacantes. Hulk foi um jogador de mais movimentação, aparecendo pelos dois lados do campo e buscando as jogadas, enquanto Diego Costa ficou enfiado entre os zagueiros, aparecendo para fazer o pivô.

No meio, muita movimentação dos jogadores do Galo. Pela direita, Zaracho apareceu muitas vezes no meio. Na esquerda, Nacho girou pelas posições do ataque. Jair, muitas vezes, apareceu dentro da área para a criação de jogadas. Mesmo assim, a equipe tinha dificuldades em criar contra o Palmeiras, que ficou bem fechado no setor defensivo.

A equipe alvinegra teve maior controle do primeiro tempo e pouco deu chances ao Palmeiras. O time da casa optou por se defender e buscar o contra-ataque. A principal válvula de escape era Rony, pouco inspirado. Foram dele as finalizações perigosas do time alviverde na etapa inicial.

O Galo, com dificuldade de infiltrações, apostava em lançamentos longos para encontrar os atacantes em marcação individual com os zagueiros. Numa dessas, Diego Costa dividiu, a bola sobrou para Arana, que passou pelo marcador e finalizou com perigo.

O primeiro tempo estava sem graça até os 40 minutos. Mariano cruzou, Diego Costa antecipou Gustavo Gómez e foi derrubado na área. Pênalti para o Galo. Na cobrança, Hulk deslocou o goleiro Weverton, mas chutou forte e rasteiro na trave. E assim seguiu o jogo sem gols até o intervalo.

Os dois times voltaram com as mesmas formações para o segundo tempo. O panorama seguia o mesmo, mas o Galo foi obrigado a mexer. Numa arrancada, Diego Costa caiu e pediu substituição imediatamente. Keno foi acionado em seu lugar. O ritmo foi mantido. O Atlético, com a bola, tinha dificuldades para entrar na área. O Palmeiras, nas raras vezes em que tinha a posse, não conseguia encaixar jogadas em velocidade.

Para tentar melhorar o seu plano de jogo, Abel Ferreira fez três substituições: saíram Felipe Melo, Dudu e Luiz Adriano para as entradas de Danilo, Wesley e Deyverson. Pouco depois, foi a vez de Cuca mexer no Atlético, acionando Vargas na vaga de Zaracho.

Até os 30 minutos da etapa final, o Atlético tinha 60% de posse de bola e 433 passes trocados. O Palmeiras, com 40%, trocou 293. Na reta final, o Atlético teve uma boa chance em cobrança de falta perigosa de Hulk. E foi só. Uma partida de pouca inspiração ofensiva e sistemas defensivos soberanos que terminou sem gols no Allianz Parque.

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