Mais um capítulo de uma das maiores rivalidades do Brasil será escrito hoje, quando o Corinthians recebe o Palmeiras, na Neo Química Arena, às 19h. O confronto pela 22ª rodada da Série A tem um peso ainda maior para o técnico alvinegro Sylvinho. Criticado pela torcida, o comandante vê a pressão no cargo aumentar. A história recente mostra que o derby em Itaquera costuma ser decisivo para técnicos corintianos que chegam pressionados.
Há quem diga que clássico é um campeonato à parte. No Corinthians, isso é tido como verdade, ainda mais diante do Palmeiras. Nos últimos cinco anos, três técnicos deixaram o cargo após resultados negativos em casa contra o arquirrival. Em 2016, Cristóvão Borges; Tiago Nunes, em 2020; e Vagner Mancini, em maio de 2021. Sylvinho quer afastar esse fantasma. Um resultado positivo diante do rival, inclusive, pode trazer tranquilidade para o treinador contratado em maio.
Muito da cobrança sobre ele se dá pela sequência de três jogos sem vitória, ainda mais com a chegada de reforços como Giuliano, Renato Augusto, Roger Guedes e Willian. O treinador alvinegro pode ter, enfim, a possibilidade de usar os quatro nomes juntos no time titular pela primeira vez. O Timão vem de três empates consecutivos diante de Juventude, Atlético-GO e América-MG, todos por 1 x 1, dois deles como mandante na Neo Química Arena.
Um dos recém-chegados, Giuliano defende Sylvinho. “Estamos buscando entrosamento, não fizemos uma partida inteira juntos (os quatro reforços). Eu entendo a pressão. Somos uma equipe em construção, que melhorou sua performance, seus resultados. Ele trabalha muito, nos dá todas as informações dos adversários. Deixou o Corinthians muito organizado, você não consegue vencer se não defender bem”, avaliou o camisa 11.
O “fator casa” é outro aspecto contra o comandante alvinegro. Em Itaquera com Sylvinho, o Corinthians conquistou apenas 10 dos 33 pontos na temporada. Os números o colocam como o treinador com o menor aproveitamento na Neo Química Arena: 30,3%. Para reverter o cenário, o time precisa realizar um feito inédito em 2021: vencer clássico contra rivais paulistas. Nos últimos quatro, foram três empates (dois contra São Paulo e um diante do Palmeiras) e uma derrota.
* Estagiário sob supervisão de Danilo Queiroz
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Palmeiras quer manter tabu
Mesmo em meio a uma decisão de vaga na final da Libertadores contra o Atlético-MG, o Palmeiras não quer saber de deixar a Série A do Campeonato Brasileiro de lado, ainda mais com um confronto contra o rival Corinthians pela frente. Com o cenário, o técnico Abel Ferreira optou por usar força máxima, hoje, na Neo Química Arena. A seu favor, o alviverde tem, ainda, um longo tabu no clássico paulista.
O Palmeiras não perde para o Corinthians há sete partidas. No período, contabilizado desde julho do ano passado, foram três vitórias alviverdes e outros quatro empates. Em um dos triunfos, no último Brasileirão, o time de Abel Ferreira goleou o rival, por 4 x 0. Nem mesmo
atuar fora de casa tem sido sinônimo de receio para os palmeirenses. A maior parte da série invicta atual foi construída justamente na Neo Química Arena: quatro jogos, com duas vitórias e dois empates.
“A preparação foi boa e exigente. Sabemos do tamanho do Palmeiras e cada jogo é uma batalha. O clássico contra o Corinthians tem um sabor diferente. Espero que possamos entrar focados naquilo que temos de fazer, pois Deus não nos coloca no deserto sem saber que podemos atravessá-lo, ou seja, Deus nos coloca nas batalhas porque sabe que podemos vencer”, prospectou o atacante Deyverson.
Galo defende liderança no Morumbi
O Atlético-MG entra em campo, hoje, para manter (ou até aumentar) a vantagem na liderança do Campeonato Brasileiro. O Galo visita o São Paulo, às 21h, no Morumbi, pela 22ª rodada da competição. Diante de um tricolor com a missão de melhorar o desempenho como mandante, o time mineiro terá de se desdobrar para superar uma série de desfalques na equipe do técnico Cuca.
Quatro nomes estão fora, sendo três de ordem médica: Diego Costa, com lesão muscular na coxa esquerda; Savarino, com lesão muscular na coxa direita; e Keno, com virose. Além deles, Tchê Tchê também desfalca a equipe. A meta, porém, é dar o melhor com quem estiver disponível. "Não tenho um campeonato para escolher, para ser sincero. Gostaria de ganhar os três. É um sonho poder ganhar todos”, destacou o argentino Zaracho.
O São Paulo tem a 9ª pior campanha jogando em casa. Em 12 partidas, foram três vitórias, cinco empates e duas derrotas. No tricolor, a expectativa é pelo retorno de Luciano ao time titular. Igor Vinícius é a maior dúvida na equipe. “Não temos um elenco para disputar três competições. Sabemos isso. Agora estamos só jogando uma, então acreditamos que vamos melhorar”, ressaltou o técnico Hernan Crespo.