ELIMINATÓRIAS

A três passos da Copa

Brasil inicia, hoje, diante da Venezuela, série de partidas que podem carimbar o passaporte para o Mundial do Catar, em 2022. Com desfalques, Tite vai testar peça e observar dupla de Gabriéis no ataque

Correio Braziliense
postado em 07/10/2021 00:21
 (crédito: Lucas Figueiredo/CBF)
(crédito: Lucas Figueiredo/CBF)

A Seleção Brasileira inicia, hoje, em Caracas, diante da Venezuela, uma série de três partidas pelas Eliminatórias Sul-Americanas que poderá encaminhar a classificação do time de Tite para a disputa da Copa do Mundo do ano que vem no Catar. Para isso, o selecionado terá de vencer os venezuelanos, depois os colombianos, em Barranquilla, no domingo e os uruguaios, em Manaus, no dia 14, alcançando os 33 pontos. Desta forma, tirando Brasil, Argentina e Uruguai, apenas mais uma equipe poderia somar até 15 pontos na classificação até o fim das três rodadas.

O Brasil lidera as Eliminatórias com 24 pontos, após oito partidas, com aproveitamento de 100%. Argentina e Uruguai somam 18 e 15, respectivamente. A partir daí, inicia-se uma disputa acirrada pela quarta colocação. O quinto lugar leva para a disputa da repescagem. Colômbia e Equador somam 13 pontos cada e precisariam de dois pontos para permanecerem na briga, caso o time verde e amarelo vença as três partidas.

Os colombianos têm um caminho difícil: Uruguai, fora, Brasil e Equador, ambos em casa, enquanto os equatorianos recebem a Bolívia e depois saem para encarar Venezuela e Colômbia. O Paraguai tem 11 pontos e precisaria de mais quatro frente a Argentina (c), Chile e Bolívia, ambos fora. Peru, com oito pontos, e Chile, com sete, podem até sonhar com o Catar, mas já é difícil prever que possam alcançar o Brasil.

Sem falar em vaga antecipada, Tite prefere usar a partida diante da fraca Venezuela, última colocada, com apenas quatro pontos — fruto de uma vitória, um empate e sete derrotas —, para fazer testes na Seleção e observar o rendimento de atletas que tiveram menos oportunidades. É o caso do lateral-esquerdo Guilherme Arana, que vai fazer sua estreia na equipe principal. “A própria campanha nos permite dar aos atletas um número maior de chances, como o Arana. Há uma competição interna muito forte e que a gente possa ter isso nessa sequência”, admitiu o treinador, ontem, em entrevista coletiva, após o último treino em Bogotá, na Colômbia.

Tite também vai sentir como a equipe vai se comportar sem Neymar, suspenso por causa do cartão amarelo recebido na vitória diante do Peru, na última rodada. No meio estará ausente o volante e capitão Casemiro, um dos líderes do elenco, que apresentou uma infecção em um dente, foi cortado e substituído por Douglas Luiz, do Aston Villa. Mas o titular da cabeça de área em Caracas será Fabinho.

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Gabriéis comandam o ataque

Tite confiou a missão dos gols da Seleção Brasileira no jogo contra a Venezuela a dois especialistas no ofício: Gabriel Jesus e Gabriel Barbosa. O atacante do Manchester City vive fase inspirada na Inglaterra, sendo decisivo em jogos do Campeonato Inglês. O goleador do Flamengo parece ter encontrado nova vocação em campo nas últimas partidas, distribuindo assistências para Bruno Henrique. Juntos, pretendem aprontar contra a Venezuela.

Apesar do sucesso nos últimos anos, os dois atacantes costumam ser alvo de críticas por parte dos torcedores brasileiros. Jesus é acusado de não render na seleção. Gabriel Barbosa voltou ao Brasil após fracassar na Europa e estaria fadado a ser ídolo apenas no futebol nacional.

Para piorar, na Copa do Mundo da Rússia, em 2018, Gabriel Jesus recebeu duras críticas por não ter marcado um gol sequer e chegou a ser chamado de volante por conta do posicionamento tático que Tite pediu a ele. Com a amarelinha, o flamenguista só começou a receber oportunidades nos últimos jogos das Eliminatórias, muito por causa das ausências dos atletas que atuam na Inglaterra.

Mas, independentemente da preferência dos torcedores por um ou outro, ambos têm carreiras de sucesso e podem ser importantes para a Seleção. Gabriel Jesus e Gabriel Barbosa estiveram juntos no time principal em poucas oportunidades. A situação foi diferente na Olimpíada do Rio, em 2016. Ao lado de Neymar, os Gabriéis formaram o trio que conquistou o ouro inédito. Juntos, eles combinaram para cinco dos 13 gols da equipe no torneio.

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