Até que uma quarta força prove o contrário, Atlético Mineiro, Flamengo e Palmeiras são os candidatos ao título do Campeonato Brasileiro. Há um ponto de intersecção entre o primeiro, o segundo e o terceiro colocados, que entram em campo hoje, respectivamente, contra Ceará, Fortaleza e Red Bull Bragantino na abertura da 25ª rodada: um quebrador de tabus predestinado chamado Alexis Stival, o Cuca. O paranaense ajudou a tirar rubro-negros e alviverdes da fila na Série A. Neste ano, espera fazer o mesmo à frente do Galo.
Vamos ao túnel do tempo. Estamos em 2009. Depois de conquistar o primeiro título da carreira no Flamengo ao derrotar o Botafogo na final do Carioca, Cuca partiu em busca do desafio de tirar o time da fila de 17 anos no Campeonato Brasileiro. A segunda passagem do treinador pelo clube acabou de forma polêmica, mas ele contribuiu com 17 dos 67 pontos da campanha do título. Foi demitido na 11ª rodada depois do empate por 1 x 1 com o Barueri, no Maracanã, totalizando uma série de quatro partidas consecutivas sem vencer. A crise de relacionamento com o grupo também minou a continuidade do trabalho.
Andrade assumiu como interino, colocou o time nos trilhos com gols decisivos de Adriano, a liderança de Petkovic no meio de campo e fez o milagre da multiplicação de pontos deixados por Cuca para consumar o fim do jejum do Flamengo na vitória por 2 x 1 contra o Grêmio, no Maracanã. Cuca deixou o time em 11º lugar e viu Andrade alcá-lo ao topo. Comandou o Flamengo em 13 das 38 rodadas, ou seja, um terço, e pode dizer que ajudou a quebrar o tabu. Sem os poucos, mas importantes pontos de Cuca, o Flamengo teria terminado em 11º.
Cuca lidava com a fama de pé-frio por onde passava. Perdeu dois títulos para o Flamengo nas finais de 2007 e 2008 do Campeonato Carioca. Bastou conquistar a primeira taça pelo clube da Gávea e participar da campanha do título brasileiro rubro-negro para a sorte virar.
Sucesso no Palmeiras
Assumiu o Palmeiras em março de 2016. Herdou de Marcelo Oliveira um time com altíssimo poder de investimento, um título da Copa do Brasil, mas atormentado pela fila de 22 anos no Campeonato Brasileiro. O clube paulista não ganhava o título desde o bicampeonato de 1993 e 1994 sob o comando de Vanderlei Luxemburgo. Pé-quente, Cuca exorcizou a maldição.
O Palmeiras saiu da abstinência no Brasileirão com uma campanha irretocável. Fez 80 pontos, nove à frente dos vices Santos e Flamengo. Largo, Cuca comemorou o título com folga. O triunfo por 1 x 0 contra a Chapecoense, no Allianz Parque, na penúltima volta da maratona pelo título, tirou a barriga alviverde da miséria e acabou de vez com a má fama de pé-frio.
Cinco anos depois, o exorcista Cuca comanda novamente um clube traumatizado. O Atlético está prestes a completar 50 anos sem conquistar o Campeonato Brasileiro. O único título data de 19 de dezembro de 1971, na vitória por 1 x 0 contra o Botafogo, no triangular final da competição, no Maracanã. Lá se vão 49 anos e 10 meses daquele gol de Dadá Maravilha.
Curiosamente, Cuca precisa superar Flamengo e Palmeiras na corrida pelo título. O Atlético começa a 25ª rodada com 11 pontos de vantagem sobre os dois concorrentes. A maior preocupação é com o time rubro-negro. Os atuais bicampeões têm dois jogos a menos. Se vencer Grêmio e Atlético-GO, pode reduzir a distância para cinco pontos e hipoteticamente a dois se derrotar o Galo no confronto direito da 29ª rodada, no Maracanã.
Arrascaeta
A Associação Uruguaia de Futebol confirmou ontem que Arrascaeta sofreu lesão muscular na coxa na partida contra a Colômbia e está fora das próximas duas partidas das eliminatórias contra Argentina e Brasil. O meia foi liberado para se reapresentar ao clube e iniciar o tratamento.
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