Aos 22 anos, Rebeca Andrade entrou para o seleto grupo dos ginastas brasileiros campeões olímpicos, do qual apenas Arthur Zanetti fazia parte até três meses atrás. Após entrar para a história ao conquistar duas medalhas nos Jogos de Tóquio-2020, (ouro no salto e prata no individual geral), a paulista de Guarulhos busca igualar o feito do colega que também subiu ao lugar mais alto do pódio no Mundial de Ginástica Artística, nas argolas, em 2013. Uma das principais competições da modalidade será disputada em Kitakyushu, no Japão, até domingo, com transmissão das finais pelo SporTV 2.
Cheia de gingado e carisma, Rebeca encantou nos Jogos Olímpicos ao som de Baile de Favela, tocada na prova de solo. No Mundial, porém, o funk brasileiro não voltará a agitar as instalações da ginástica na Terra do Sol Nascente. Por decisão conjunta com a equipe técnica da Seleção Brasileira que já está com a cabeça nos próximos Jogos Olímpicos, em Paris-2024, a ginasta brasileira optou por não disputar o individual geral. Assim, a atleta do Flamengo representará o Brasil no evento em três aparelhos: salto, paralela e trave.
“Para que a Rebeca possa fazer o solo com bom nível técnico e seguro, a carga de treinamentos precisaria ser maior e mais complexa, mas esse momento pós-Olimpíada e planejamento a longo prazo não seria adequado”, explicou o técnico da atleta, Francisco Porath. “Rebeca segue competitiva no salto, barra e trave e vamos buscar a classificação para as finais. Após o Mundial, ela fará um período de descanso necessário e merecido, para se preparar para o novo ciclo”, completou.
Os outros representantes brasileiros no Mundial são Caio Souza, que compete no individual geral, e Arthur Nory, que tem como meta chegar à final da barra fixa. “O Nory está focado aqui no Mundial, treinando muito bem. Ginástica é momento. É acertar a série e passar para a final. O foco agora é a classificatória. Na final, teremos os oito mais bem classificados, e que vença o melhor”, comentou o técnico do ginasta Marcos Goto.
Medalhista de bronze no solo das Olimpíadas do Rio-2016, Nory faz parte da história brasileira escrita no Mundial de Ginástica Artística. O paulista foi campeão mundial da edição de Stuttgart-2019, na Alemanha. Desde 2001, a seleção brasileira soma 14 medalhas no evento. Tanto Rebeca quanto Caio buscam subir ao pódio na competição pela primeira vez no Japão.
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