EMOÇÃO ATÉ O FIM

Brasília luta até o último segundo, mas cai na prorrogação para o Pinheiros

Em jogo eletrizante na reabertura do Nilson Nelson ao torcedor da capital, equipe candanga mostrou qualidade, dominou o adversário, mas falhou em momentos decisivos

Victor Parrini*
postado em 04/11/2021 23:22 / atualizado em 05/11/2021 18:00
 (crédito: Matheus Maranhão/BRB/Brasília Basquete)
(crédito: Matheus Maranhão/BRB/Brasília Basquete)

A experiência festiva do torcedor brasiliense na Arena Nilson Nelson foi completa. Mesmo com a derrota do Brasília Basquete para o Pinheiros, por 93 x 92, quem foi à arena acompanhou um grande jogo e presenciou ótima atmosfera. A reformulada arena foi uma atração à parte. O telão gigante, acima do centro da quadra, a sonorização, iluminação e a apresentação do rapper Hungria, no intervalo, deram aos 4.323 presentes na partida a impressão de assistirem a uma partida da NBA, maior liga da modalidade do mundo.

Principal nome do Brasília na partida, Pedrinho Rava lamentou a derrota em casa. "É difícil falar, cabeça quente... ficou nítido que perdemos muito rebote de ataque. É corrigir esse detalhe. Fizemos uma boa partida. O time está evoluindo e vamos continuar. Infelizmente, a vitória não veio na reinauguração. Nessa evolução, vamos ter uma temporada vitoriosa", garantiu o armador.

O próximo compromisso do Brasília Basquete será no sábado (6/11), quando a equipe recebe o Bauru, às 20h, no Ginásio Nilson Nelson. 

Do lado de fora da arena, antes da bola subir, o clima já era de festa entre os torcedores do Brasília. A organização da partida tratou de evitar aglomerações e grandes filas. Na entrada do ginásio, os fãs eram submetidos à aferição da temperatura corporal e precisavam comprovar o esquema vacinal completo contra covid-19.

Contente em voltar ao Ginásio, Bruno Henrique, de 22 anos, revelou certa ansiedade em poder acompanhar o basquete de perto. "Um sentimento de muita alegria e, principalmente, ansiedade para ver como ficou a reformulação do ginásio. Fazia tempo que eu não vinha ao Nilson Nelson, e a pandemia atrasou ainda mais o reencontro. Finalmente, posso voltar a prestigiar a arena”, declarou.

Brasília faz dois períodos distintos

Inaugurando a casa nova, Pedro Rava foi o grande nome do primeiro período. O armador foi o responsável por abrir a contagem com um belo arremesso para três, servir os companheiros com três assistências e, de quebra, conseguir quatro rebotes. Bem posicionado, o pivô Ronald foi mais um destaque candango no quarto inicial, anotando 11 pontos. A exibição consistente na primeira parcial, levaram os ETs a fechar o quarto por 26 x 9.

Insatisfeito com atuação de sua equipe, o técnico do Pinheiros, David Pelosini foi contundente nas instruções da equipe para o segundo período. Os paulistas aumentaram o aproveitamento e mostraram reação encabeçada pelo armador Gabriel. Com a marcação acertada, lá na frente o ala Munford e o pivô Dikembe fizeram a diferença para diminuir a vantagem que era de 17 para apenas dois pontos. O placar do segundo quarto terminou com a vitória pinheirense por 29 x 14. Porém, o desempenho no período inicial fez com que o esquadrão do DF fosse para os vestiários na vantagem de 40 x 38.

Graham em arremesso de lance livre
Graham em arremesso de lance livre (foto: Jonas Pereira/Distrito do Esporte)

Pinheiros vira, mas candangos reagem

O Brasília pareceu ter voltado do intervalo com uma postura diferente da apresentada no terceiro quarto. Na primeira metade da parcial, a equipe candanga se esforçou para anular as ações paulistas, principalmente com o armador Gabriel. Com a posse ofensiva, os donos da casa chegaram a abrir 47 x 44 no placar. Porém, o esquadrão do DF não manteve o ritmo e viu o Pinheiros se soltar na partida e tomar a frente e fechar o terceiro quarto em 60 x 56.

Os 10 minutos finais foram de fortes emoções. A reação brasiliense começou com Zach Graham, que chegou a anotar oito pontos em menos de quatro minutos. Logo depois, o técnico Ricardo Oliveira fez pedido de tempo e os donos da casa voltaram prontos para buscar a virada. Na defesa, Ronald mostrou-se autoridade nos rebotes, enquanto Rava, motor da equipe no primeiro quarto, aumentou o ritmo e acertou chutes para três que sacudiram o Nilson Nelson.

Com menos de um minuto no relógio, a vantagem candanga era de 80 x 76. Contudo, a definição da partida ficou para os últimos oito segundos, quando o placar estava 80 x 80. Destaque do período, Pedrinho Rava armou a jogada, invadiu o garrafão, mas a bola não caiu e decisão foi para a prorrogação.

Decisão na prorrogação

O ritmo que embalou a reação no último período não foi mantido na prorrogação. Com menos de dois minutos de jogo, o Brasília viu o Pinheiros abrir 87 x 80 e obrigar uma mudança drástica na postura. Aos gritos de MVP, Zach Graham recebeu, invadiu e somou os dois primeiros pontos da equipe do DF no tempo extra.

Faltando dois para o fim da partida, o Brasília se precipitou em algumas jogadas e ofereceu a posse para um Pinheiros fatal. No prejuízo, Zach Graham tratou, mais uma vez, de armar a jogada e anotar mais dois pontos para os candangos, diminuindo o prejuízo para 89 x 85. Nos últimos giros do cronômetro, Pedrinho Rava, maestro na partida, acertou para três e recolocou o DF no jogo.

Na sequência, o camisa 7 do Brasília partiu para cima, infiltrou e aumentou em mais dois de bandeja. O momento era favorável aos brasilienses. Assim, Rava roubou a bola, armou a jogada para arremesso de Gemerson: 92 x 91. Porém, nos últimos segundos, o Pinheiros armou jogada rápida, que garantiu a vitória paulista no Nilson Nelson: 93 x 92.

*Estagiário sob supervisão de Danilo Queiroz

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