Skate

Ousadia e equilíbrio

Recuperada de lesão no tornozelo esquerdo, Pâmela Rosa faz dobradinha com Rayssa Leal e conquista bicampeonato mundial de street. Brasileiras comprovam domínio na modalidade

Agência Estado
postado em 15/11/2021 00:01
 (crédito: Mike Ehrmann/Getty Images/AFP)
(crédito: Mike Ehrmann/Getty Images/AFP)

Com a confiança recuperada depois de muito tempo sofrendo com uma lesão no tornozelo esquerdo, Pâmela Rosa mostrou segurança, na tarde de ontem, em Jacksonville, na Flórida, e garantiu o bicampeonato mundial de skate street ao vencer a final da Super Crown, última etapa da Street League Skateboarding (SLS). Logo atrás dela, Rayssa Leal ficou com o vice, seguida pela campeã olímpica japonesa Momiji Nishiya.

Presente em todas as finais desde que começou a disputar o circuito, Pâmela entrou na pista defendendo o título, pois foi campeã em 2019, também com a pequena maranhense como vice. No ano seguinte, o torneio não foi realizado em razão da pandemia de covid-19. Rayssa, que não precisou disputar as semifinais porque assumiu a liderança do ranking ao vencer as duas etapas anteriores, esperava bater um novo recorde e se tornar a mais jovem campeã da SLS, mas não conseguiu. Assim, a marca segue com Nyjah Houston, campeão aos 15 anos em 2010.

Apesar de não ter alcançado o objetivo, a menina de 13 anos teve uma ótima apresentação, assim como a grande campeã. Ambas, no entanto, encontraram dificuldades no começo. Na volta de 1min45s antes das rodadas de manobras únicas, Pamela chegou a cair, mas se recuperou e somou 4.6 pontos. Rayssa caiu e até saiu da pista, em uma volta bastante empolgada, que, apesar de conter boas manobras, rendeu apenas 3.8 em razão dos erros.

As duas conseguiram se recuperar na apresentação de manobras. Rayssa foi muito consistente e somou 6, 6,9 e 6,3 nas melhores voltas, avançando ao final four, etapa em que as quatro melhores fazem mais duas exibições para decidir o título. Pâmela também passou, em quarto lugar.

Quem terminou a primeira parte mais animada, contudo, foi a japonesa Momiji Nishiya, que fez 8, a maior nota do dia até aquele momento, na última volta, mas pontuou menos que Rayssa na soma das outras duas notas e ficou em segundo, acima de Samarria Brevard, que fechou a classificação.

Pâmela abriu o final four somando 7,7. Na sequência, Brevard e Nishiya não completaram as manobras, assim como Rayssa. Confiante após a excelente nota, a brasileira correu até o meio da pista e passou vela no corrimão antes da rodada final. Na hora da decisão, encaixou um frontside smith que a deu 8,1 pontos e garantiu o bicampeonato, pois nenhuma das oponentes conseguiu alcançar 21,8.

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Lucas Rabelo é vice-campeão

 (crédito: Mike Ehrmann/Getty Images/AFP)
crédito: Mike Ehrmann/Getty Images/AFP

Se Pâmela Rosa e Rayssa Leal dominaram no feminino, Lucas Rabelo representou o país na etapa masculina. Após ultrapassar o compatriota e medalhista olímpico Kelvin Hoefler na última manobra, o cearense brilhou nas finais para ser vice-campeão mundial em Jacksonville, na Flórida. O título ficou com Jagger Eaton, dos Estados Unidos.

Rabelo disputou a fase final com os americanos Jagger Eaton e Nyjah Huston, além do português Gustavo Ribeiro. Enquanto os adversários erraram nas duas manobras, o brasileiro ganhou 9,3 e 9,1 dos jurados e levou o Brasil para a segunda colocação na última etapa da Street League Skateboarding (SLS).

Os demais brasileiros não tiveram tanta sorte. Kelvin Hoefler, que deixou o top-4 justamente para dar lugar a Lucas Rabelo, terminou na quinta colocação. Felipe Gustavo finalizou na sétima posição.

Lucas Rabelo foi o melhor entre os brasileiros na volta de 1min45s, com uma nota 7,7. No entanto, foi brilhar apenas nas últimas manobras, terminando com 25,3 pontos, ultrapassando Kelvin Hoefler, que somou 24,7. Felipe Gustavo foi eliminado com 13,3 pontos.

Apesar da ascensão de Lucas Rabelo nas finais, Jagger Eaton teve apenas que administrar a vantagem conquistada nas primeiras cinco manobras. O americano errou nas duas últimas tentativas e foi ameaçado pelo brasileiro, que tinha esperança de conseguir uma nota 9,4 na apresentação decisiva, mas o 9,1, combinado com as quedas de Gustavo Ribeiro e Nyjah Huston, deram o triunfo a Eaton.

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