A apoteose de duas marcas nacionais

Correio Braziliense
postado em 26/11/2021 00:01

Passaram por maus momentos antes de voltar ao topo. Mas a espera valeu a pena para Palmeiras e Flamengo, que decidem o título da Copa Libertadores 2021, coroando, assim, cinco anos de conquistas dentro e fora do Brasil.

Como tantos clubes brasileiros, durante anos, as dívidas os sufocaram e tiraram o protagonismo inerente de suas camisas.

No caso alviverde, o momento ruim o arrastou em 2012 para o inferno da Série B pela segunda vez em sua história vitoriosa. Mas nos últimos cinco anos, Palmeiras e Flamengo, que lutam em Montevidéu amanhã pelo troféu do principal torneio de clubes da América do Sul, colhem agora os louros de uma mudança de rumo que começou nas salas de reunião de seus dirigentes.

E as reviravoltas valeram a pena. Essas duas equipes, expoentes do futebol paulista e carioca, venceram 10 das 27 principais competições (37%) de clubes disputadas na metade da última década no Brasil e na América do Sul, incluindo quatro das cinco edições do Brasileiro. 

A Copa Sul-Americana ficou de fora desta série: o Rubro-Negro foi vice-campeão em 2017, enquanto o Palmeiras não participa desta competição desde 2012.

Ao ser rebaixado para a segunda divisão, o Palmeiras, maior detentor de títulos do Brasileirão, com 10 conquistados, estava havia 18 anos sem alcançar esse feito e 12 sem disputar uma final continental.

Mas o time paulista ressurgiu na presidência de Paulo Nobre (2013-2016), advogado milionário que emprestou dinheiro para saldar dívidas, arrecadou patrocínios e inaugurou o estádio Allianz Parque com um modelo misto de administração que aumentou as receitas de bilheteria. 

Depois de arrumar a casa e voltar à Série A em 2013, o clube começou a investir e reencontrou a glória, conquistando o Brasileirão de 2016 e 2018 e a Libertadores e a Copa do Brasil de 2020. 

Com finanças saudáveis, a equipe de São Paulo contratou jogadores estrangeiros como os paraguaios Gustavo Gómez e Lucas Barrios, os colombianos Miguel Borja e Yerry Mina, o chileno Jorge Valdivia e o venezuelano Alejandro Guerra. 

A eles se juntaram atletas experientes como Zé Roberto, Weverton e Felipe Melo, além de talentos da base, como Gabriel Jesus, que foi vendido para o Manchester City em 2016.

Sob a liderança do português Abel Ferreira, o Verdão acumula seis finais. Em Montevidéu, pode conquistar o primeiro bi da Libertadores em duas décadas. O último a conseguir isso foi o Boca Juniors em 2000 e 2001.

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