Em noite de selfie, Flamengo adia pôster

Vice-campeões da Libertadores curam ressaca com vitória difícil contra o Ceará, tentam fazer as pazes com a torcida em um Maracanã cheio e impedem título antecipado do Atlético-MG. Galo foi campeão por oito minutos

Correio Braziliense
postado em 01/12/2021 00:01
 (crédito: Gilvan de Souza / Flamengo)
(crédito: Gilvan de Souza / Flamengo)

O torcedor do Flamengo mostrou, ontem, que o amor ao time é muito maior que a perda de qualquer título importante, como a Libertadores. Mesmo ainda chateados com a derrota diante do Palmeiras, no sábado, os flamenguistas lotaram o Maracanã, fizeram enorme festa e empurraram a equipe para a vitória sobre o Ceará, por 2 x 1. O resultado adiou a conquista do título do Brasileirão pelo Atlético-MG e garantiu o vice aos cariocas. Os mineiros precisam de dois pontos em nove disponíveis.

Com o tradicional "dá-lhe, dá-lhe, dá-lhe ô, dá-lhe, dá-lhe, dá-lhe ô, Mengão do meu coração" e muitos cartazes de apoio — "a dor da derrota é temporária, mas o orgulho de ser flamenguista é eterno", trazia um deles —, a torcida abraçou o time e optou por mais uma vez jogar junto. O espetáculo à parte de 47 mil vozes teve até "perdão" para Andreas Pereira, autor do erro que custou a derrota no Uruguai. O meia ouviu seu nome gritado em coro antes de uma cobrança de falta.

Lamentação na etapa inicial apenas com a lesão na coxa do goleiro Diego Alves, substituído no começo por Hugo Souza. Léo Pereira também sairia no intervalo com o mesmo problema muscular.

Sem Renato Gaúcho, demitido após a decisão de Montevidéu, o Flamengo entrou em campo sob direção interina de Maurício Souza e cheio de desfalques. Os zagueiros Rodrigo Caio e David Luiz, os laterais Isla e Filipe Luís, além do volante Willian Arão não jogaram por precaução pelos problemas com as dores musculares. Arrascaeta ficou no banco pela falta de ritmo.

A cantoria gigante desde a entrada do time em campo se transformou logo em grito de gol. Com somente dois minutos, saída errada de Fabinho, Diego recuperou a bola e Gabriel Barbosa abriu o marcador. O artilheiro foi para os braços da torcida, com direito a selfie.

Mendoza até deu um susto ao bater na rede pelo lado de fora. O lance não tirou a empolgação rubro-negra, que fez enorme festa após bela trama ofensiva e gol de Bruno Henrique. O VAR, porém, impugnou o lance. Antes do intervalo, ainda deu tempo de Gabriel Barbosa ouvir o "uh" da galera duas vezes. Primeiro ao cabecear no travessão e, depois, ao bater raspando.

A volta para a etapa final foi semelhante, com Flamengo chegando fácil no ataque. Andreas e Bruno Henrique desperdiçaram bons avanços. Com somente 16 minutos, foram três ótimas chances. Sem "matar o jogo", Maurício Souza optou por fortalecer o ataque com Michael e Arrascaeta.

Susto

Mas quem anotou foi o Ceará. Com aposta de Tiago Nunes. Yony González bateu, Hugo Souza soltou e Rick, que acabara de entrar, igualou o marcador. Festa em preto e branco no Maracanã e em Belo Horizonte. O empate garantia a taça ao Atlético-MG.

A torcida flamenguista voltou a inflamar o time. E incentivou Michael a partir para cima da marcação. Na primeira, ele cruzou e Gabriel parou em milagre de João Ricardo. Na segunda, cruzou para Bruno Henrique desviar e Matheuzinho bater forte para recolocar o Flamengo na frente do marcador.

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