A vingança é um prato que se come frio, diz o ditado popular. No caso do Corinthians, a revanche chega depois de uma espera de 14 anos. Agora, é o Timão que pode rebaixar o Grêmio, às 16h, e devolver aos gaúchos o gosto amargo do rebaixamento para a Série B. Em 2007, o time paulista empatou com o tricolor dos Pampas na última rodada do Brasileirão e caiu para a segunda divisão. Após o apito final, o choro de jogadores, como o zagueiro Betão, contrastou com a festa da torcida gremista no estádio. Para a torcida corintiana, a chance de dar o troco no Grêmio, enfim, chegou e tem um sabor mais que especial.
Distantes 17 pontos na tabela, as equipes se enfrentam no gramado da Neo Química Arena, em que o time de Sylvinho venceu as últimas oito partidas. Um dos destaques do Corinthians no Brasileirão, o atacante Róger Guedes destacou o apoio da torcida em casa, mas disse que deixa a euforia fora de campo.
"Para a gente, são três pontos. É classificar direto para a Libertadores. A euforia que está fora do campo, deixamos fora."
O Corinthians, que já garantiu vaga, ao menos, na pré-Libertadores, teve a semana livre. Duas ausências já foram confirmadas: o volante Gabriel e o lateral-direito Fagner, ambos suspensos. Xavier e João Pedro podem ganhar a vaga no time titular.
Porta do inferno
Em situação dramática no Brasileirão, o Grêmio vem de uma vitória convincente por 3 a 0 sobre o São Paulo, mas o triunfo pode ter vindo tarde demais. O técnico Vagner Mancini terá o desfalque do atacante Douglas Costa, suspenso. Jhonata Robert - que o substituiu na partida e marcou um golaço do meio-campo - deve atuar. O volante Thiago Santos também é dúvida, após deixar o jogo sentindo dores. Os laterais Vanderson e Cortez cumpriram suspensão na última rodada e estão à disposição de Mancini.
O clima é de decisão para os jogadores gremistas. O clube pode ser rebaixado para a Série B pela segunda vez em sua história. Ex-Corinthians, Mancini tem a dimensão do que o descenso representaria. Por isso, ao falar sobre o jogo, reforça as metáforas beligerantes.
"Nós vamos lá para duelar. O futebol gaúcho tem muito disso e quero usar isso. Os jogadores que não são daqui têm que incorporar isso. Vai ser uma guerra. E nós vamos para a guerra", disse.
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