LEVANTAMENTO DE PESO

O peso da medalha de prata de Laura Amaro

Correio Braziliense
postado em 15/12/2021 00:01
 (crédito: Reprodução/IWF)
(crédito: Reprodução/IWF)

A brasileira Laura Amaro fez história no levantamento de peso brasileiro ontem. Ela faturou a medalha de prata no Mundial de Tashkent, no Usbequistão, e se tornou a primeira pesista do Brasil a subir ao pódio numa competição deste nível. Foi sua estreia em um Mundial Adulto.

Laura assegurou a prata na prova do arranco, na categoria até 76 kg, ao levantar 108 kg. Ela só ficou atrás da russa Iana Sotieva, que levantou 112 kg. A medalha de bronze foi conquistada pela americana Martha Ann Rogers, com 107 kg.

"Acho que a ficha ainda não caiu, eu sonhei durante muito tempo! Ler uma história é muito legal, mas essa sensação de escrever, saber que o nome vai ficar marcado, saber que vou abrir portas para outros brasileiros dominarem o mundo não tem preço para mim. Sou a primeira mulher a conquistar uma medalha em Mundial, é uma representatividade muito grande", celebrou a atleta.

A protagonista brasileira ainda passou muito perto de obter outra medalha, desta vez no arremesso, quando atingiu 132 kg no movimento e 240 kg no total, alcançando a quarta colocação. O bronze ficou perto porque a sul-coreana Suhyeon Kim levantou 134 kg. O ouro foi para a Min Ji Lee, também da Coreia do Sul, com 139 kg. A prata ficou com a americana Martha Ann Rogers, com 136 kg.

Se não obteve a medalha nesta disputa, bateu o recorde brasileiro. Nenhuma outra brasileira, de nenhuma categoria, levantou tanto peso na história. A marca anterior era de Jaqueline Ferreira e Monique Araújo, com 237 kg, no Campeonato Brasileiro de 2015, no Rio de Janeiro.

"Foi sensacional. Perdemos por pouco outras medalhas, foi uma batalha fantástica. Laura se superou de um jeito absurdo, demonstrando que acertei quando falei que ela viria para brigar por medalha", disse o treinador da seleção brasileira de levantamento de peso, Dragos Stanica.

"Essa medalha coloca o Brasil junto com todas as potências mundiais. Quando aparecer a tabela de medalhas, o nome do país estará lá escrito. É isso que importa no dia de hoje. Está mostrando a evolução que o nosso trabalho teve e esperamos que consigamos melhorar ainda mais", comentou Stanica.

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