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Djokovic vence "set" na Justiça australiana

Correio Braziliense
postado em 11/01/2022 00:01
 (crédito: William WEST / AFP)
(crédito: William WEST / AFP)

A apelação de Novak Djokovic à Justiça australiana após ter sido barrado na sua chegada em Melbourne deu certo. Em audiência realizada, ontem, o sérvio ganhou, através de decisão do juiz federal Anthony Kelly, o direito de entrar no país e disputar o Aberto da Austrália. Ele considerou a decisão de barrar o tenista "irracional".

O juiz ordenou que Djokovic fosse libertado em 30 minutos e que seu passaporte e outros documentos pessoais fossem devolvidos, reacendendo a chance de o número um do mundo ganhar o 21º título de Grand Slam no próximo Aberto da Austrália, o que estabeleceria um recorde, desgarrando dos 20 de Roger Federer e Rafael Nadal.

O advogado do governo australiano, Christopher Tran, no entanto afirmou que, mesmo com a decisão, o ministro de Imigração, Cidadania, Serviços a Imigrantes e Relações Multiculturais, Alex Hawke, pode usar seus poderes especiais para cancelar o visto e deportar Djokovic. Caso isso aconteça, o sérvio pode ficar sem poder entrar no país por três anos.

O governo australiano ainda tentou protelar o julgamento, pedindo à Justiça o adiamento da audiência para amanhã, mas o juiz Anthony Kelly negou. A tentativa ocorreu no sábado, após os advogados do tenista apresentarem documentos — um teste PCR realizado no Instituto de Saúde Pública da Sérvia — que provariam que ele testou positivo para covid-19 em 16 de dezembro, situação que, segundo a defesa, daria permissão para entrar na Austrália sem estar vacinado.

Horas depois do sucesso de Djokovic nos tribunais, a Associação dos Tenistas Profissionais (ATP) se manifestou. O órgão concordou e parabenizou o tenista pela liberação para jogar no Aberto da Austrália. Entretanto, reforçou o pedido para que os jogadores se vacinem contra a covid-19. "A imunização é essencial para o nosso esporte navegar na pandemia. Isso se baseia em evidências científicas que apoiam os benefícios para a saúde fornecidos e para cumprir os regulamentos globais de viagens, que prevemos que se tornarão mais rigorosos ao longo do tempo", disse, em comunicado.

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