O controle do poder do futebol do Distrito Federal está novamente em jogo. Em ano de eleição, o Campeonato Candango começa, hoje, com dez candidatos brigando para ocupar o status de principal força local. Como nas corridas para o Palácio do Buriti, a sede do Executivo, as promessas de melhorias são o principal chavão da nova edição da competição. Reformulado em organização fora dos gramados, o certame entra em campo querendo cumprir uma meta frustrada recentemente: a de ser a melhor disputa dos últimos anos.
Para honrar o compromisso, a Federação de Futebol do Distrito Federal (FFDF) iniciou o planejamento em abril de 2021. De lá para cá, deu um upgrade visual na competição local com meta de criar uma identidade mais firme para o Candangão. Em 2022, a competição começa com o troféu apresentado de forma antecipada, transmissão em novas plataformas e venda de naming rights. O acordo com o Banco de Brasília pode render um investimento de até R$ 2,8 milhões em patrocínios e premiação para os clubes participantes.
Em novembro, os dez concorrentes ao título se reuniram no Conselho Arbitral e reformularam o modelo de disputa do torneio local. Neste ano, a primeira fase será realizada em turno único, com os quatro melhores avançando para o quadrangular semifinal e os dois piores rebaixados para a Segunda Divisão. O formato mais objetivo promete um valor maior para cada jogo. Ao fim da primeira fase, o destino de cada candidato deve ser fidedigno ao desempenho. As duas partidas da decisão estão previstas para o último sábado de março e o primeiro de abril.
O povo também voltará a ter protagonismo no Candangão. Após quase dois anos de portões fechados em competições locais, o torneio de 2022 marcará a volta da torcida às arquibancadas. A última rodada com grito de incentivo ocorreu no longínquo 8 de março de 2020, época dos primeiros avanços da pandemia no DF. Os cuidados contra a covid-19 seguem na pauta do torneio. Os interessados em acompanhar as partidas deverão estar com o ciclo de vacinação completo e usar máscara durante a permanência nos estádios.
Atual dono da cadeira de comando do futebol candango, o Brasiliense desponta como favorito para manter o posto. Porém, a concorrência não deve aliviar na corrida. Maior campeão local, o Gama aposta na força da torcida para retomar a força no único compromisso da temporada. Ceilândia, Capital, Taguatinga e Santa Maria surgem no bloco de quem pode surpreender na reta final. Os goianos do Luziânia e os mineiros do Unaí garantem a representatividade do Entorno no cenário local. Recém-promovidos, Brasília e Paranoá sonham em ser as novas lideranças.
A maior parte da batalha pelo título do Candangão deve ter transmissão em uma emissora ligada ao meio político. Em um acordo com a Associação Brasiliense de Cronistas Desportivos (ABCD), a TV Distrital garante a veiculação de uma partida por rodada, sempre aos sábados. Na primeira fase, a exceção vai ser o clássico entre Gama e Brasiliense, na quarta-feira, no Mané Garrincha, às 20h. A plataforma de streaming Eleven Sports deve garantir imagens de outros confrontos, além das tevês dos próprios clubes participantes.
Nos próximos dois meses e meio, o futebol candango estará em intensa corrida eleitoral para conhecer seu novo representante em torneios nacionais. O campeão e o vice terão vagas garantidas na Série D do Campeonato Brasileiro, na Copa do Brasil e na Copa Verde de 2023. No período, os torcedores terão garantia de emoção em mais uma edição da principal competição esportiva da capital federal.
* Estagiários sob a supervisão
de Danilo Queiroz
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