BATIDA DE CARRO

Atleta do esqui, Bruna Moura sofre acidente e está fora dos Jogos de Inverno

Após adiar viagem à China por uma infecção da covid-19, Bruna estava a caminho de fazer um teste PCR e o carro em que estava colidiu com um caminhão. Motorista morreu

Talita de Souza
postado em 27/01/2022 20:03 / atualizado em 27/01/2022 20:33
Bruna Moura, de 27 anos, está estável e consciente, mas fraturou o osso do antebraço, os pés e algumas costelas -  (crédito: Instagram/Reprodução)
Bruna Moura, de 27 anos, está estável e consciente, mas fraturou o osso do antebraço, os pés e algumas costelas - (crédito: Instagram/Reprodução)

Uma trágica notícia atingiu o Comitê Olímpico do Brasil (COB) nesta quinta-feira (27/1): a atleta brasileira do esqui cross-country, Bruna Moura, que iria estrear nos Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim 2022, sofreu um acidente de carro na Itália e teve múltiplos ferimentos. Ela viajava para a Alemanha para embarcar para a China, e participar da competição. O motorista do veículo morreu quando os dois colidiram com um caminhão.

A atleta de 27 anos está estável e consciente, mas fraturou o osso do antebraço, os pés e algumas costelas e recebe atendimento em um hospital de Bolzano, na Itália. Bruna mora nos Países Baixos e deve ser transferida para o país assim que possível.

"Eu estava sentada no banco de trás e com o cinto de segurança, os médicos falaram que foi isso que me salvou. Eu não vou para as Olimpíadas de Inverno dessa vez, mas eu estou viva", afirmou Bruna ao portal Globo Esporte.

Ela também contou que perdeu a consciência com o acidente e que ficou assustada quando acordou e viu várias pessoas ao redor em uma tentativa de tirá-la do veículo. Em seguida, a atleta disse que se sentiu aliviada ao perceber que, apesar das dores que sentia, podia mover as pernas.

Diferente de outros esportistas, Bruna não estava em Pequim porque foi diagnosticada com covid-19 no mesmo dia em que foi convocada a participar dos jogos, em 17 de janeiro. Por este motivo, a viagem para a cidade que sediará a competição foi adiada. Na Alemanha, para onde se dirigia, Bruna faria um novo teste de covid e saberia se já poderia embarcar para a China.

“Infelizmente no mesmo dia que eu fui nomeada eu testei positivo para covid e foi um pesadelo. Porque, tanto tempo lutando pra conseguir essa vaga olímpica e quando chega o momento que escuto meu nome sendo anunciado pelo COB eu escuto também o diagnóstico positivo”, lamentou Bruna em um vídeo compartilhado nas redes sociais na semana passada.

Ela disse que fazia de tudo para o corpo descansar para que se recuperasse logo. “Eu estou muito triste com isso porque foi uma luta muito grande chegar até aqui e é inacreditável e inaceitável eu ter chegado tão longe e saber que talvez eu não consiga ir para as Olimpíadas mesmo após conquistar a vaga”, declarou.

O COB informou que a atleta será substituída por Eduarda Ribera, de 17 anos. Ela irá para Pequim nesta sexta-feira (28/1).

 
 
 
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Acidente adiou sonho de Bruna estrear em Olimpíadas

Os jogos de Pequim 2022 seria a estreia olímpica da paulista de Caraguatatuba (SP). Bruna se tornou atleta de ciclismo mountain bike e teve que encerrar a carreira em 2011 por ser diagnosticada com uma doença cardíaca congênita.

“Depois que eu tive o diagnóstico, eu entrei em depressão. Eu não conseguia olhar ciclistas treinando na rua, eu virava a cara. O médico me falar que eu não podia praticar esporte porque eu poderia ter uma morte súbita tirou o meu chão”, lembrou Bruna em entrevista ao site oficial das Olimpíadas.

Após conseguir fazer a cirurgia e superar o problema, a atleta encontrou no cross-country a nova chance de ser atleta e representar o Brasil em grandes competições. Ela domina o Circuito Brasileiro de Rollerski desde 2015 e, por ser uma das melhores nas competições na Itália e na Suíça, foi convocada para os Jogos de Pequim.


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