Faltou bola

Seleção Brasileira larga na frente do Equador com gol de Casemiro, mas se desmonta com expulsão de Emerson Royal e deixa a desejar no primeiro compromisso oficial no ano da Copa. Apesar do tropeço, Brasil segue invicto

Victor Parrini*
postado em 28/01/2022 00:01
 (crédito: Santiago Arcos/AFP)
(crédito: Santiago Arcos/AFP)

Na primeira exibição pelos gramados de 2022, a Seleção Brasileira não conseguiu desejar um "Feliz ano novo de Copa" para o seus milhões. Ontem, a amarelinha mediu forças com o Equador pela 15ª rodada das Eliminatórias e deixou o campo sob atuação negativa no empate por 1 x 1.

Com gol de Casemiro, o esquadrão tupiniquim até saiu na frente logo nos primeiros minutos, mas a expulsão de Emerson Royal desmontou o esquema tático desenhado por Tite para a sequência da partida. O Brasil foi envolvido pelo adversário e deixou escapulir dois pontos no primeiro compromisso na trajetória rumo ao Catar.

O jogo ficou marcado pelo trabalho ruim do árbitro colombiano Wilmar Roldán, que precisou de quatro revisões no VAR para contornar erros por ele cometido. Ao todo, a partida foi interrompida por 25 minutos.

Com a bola rolando, o Equador precisou de apenas um minuto para levar perigo à meta brasileira. Estupiñán cruzou na área, Valencia subiu mais do que a defesa tupiniquim e cabeceou para fora. A efetiva resposta brasileira não demorou a vir. Após escanteio, Coutinho dominou pela esquerda e colocou na área para a cabeçada de Matheus Cunha. A defesa equatoriana afastou mal e Casemiro invadiu o perímetro e estufou as redes no 60º jogo dele com a camisa pentacampeã.

O bom jogo que se desenhava, logo se tornou faltoso e com expulsões. Aos 12 minutos, Matheus Cunha foi lançado, superou a marcação dupla adversária e só foi parado por um chute no pescoço do goleiro Domínguez na entrada da área. A ação deixou um corte visível no atacante brasileiro. O árbitro Wilmar Roldán não tinha outra opção senão expulsar o arqueiro equatoriano.

A vantagem brasileira de homens em campo, porém, não durou muito. Na lista de amarelados, Emerson Royal dividiu forte com Estrada e recebeu a segunda tarjeta. A turma do chuveiro antes do intervalo quase aumentou, quando Alisson afastou a bola e atingiu a cabeça de Valencia. O árbitro não titubeou em dar o vermelho, mas o VAR recomendou a revisão do lance e a expulsão foi anulada. O jogo seguiu faltoso e com pouca criatividade.

A volta dos vestiários mostrou um Brasil desatento e com buracos na defesa. No primeiro minuto, Daniel Alves perdeu a bola e quase complicou a equipe. Depois, Alisson e Dani Alves se atrapalharam na pequena área e a bola caiu nos pés de Estrada, que estufou as redes, mas em posição irregular. A tentativa de desafogo veio em bola parada, quando Casemiro dominou e chutou na rede, mas pelo lado de fora.

A equipe de Tite era totalmente envolvida pelo adversário. O Equador quase foi recompensando com uma penalidade máxima de Raphinha sobre Estupiñán. Mais uma vez, o VAR entrou em ação e recomendou a anulação do pênalti. Aos 30 minutos, após cobrança de escanteio, Félix Torres disputou no alto e testou firme para o gol, deixando tudo igual novamente. A reta final ainda reservou tempo para mais um papelão da arbitragem. Roldán marcou pênalti de Alisson em Ayrton Preciado e expulsou o goleiro. O VAR interveio novamente, recomendou a revisão no monitor e o colombiano anulou a penalidade e a expulsão do goleiro brasileiro.

Apesar do empate, o Brasil segue invicto. A Seleção volta a campo na terça-feira, às 21h30, quando recebe o Paraguai, no Mineirão.

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