MERCADO

Transferências atingiram nível mais baixo

Mais operações, mas menos dinheiro em circulação: o número de transferências no futebol profissional masculino aumentou ligeiramente em 2021, mas o seu valor financeiro está no ponto mais baixo dos últimos cinco anos, no atual contexto de pandemia de covid-19, indica um relatório da Fifa, publicado ontem.

A Federação Internacional contabilizou cerca de 18 mil movimentos internacionais no ano passado, número próximo do recorde — alcançado em 2019 — e 5,1% superior ao de 2020, ano do surgimento da pandemia. As somas desses movimentos caíram pelo segundo ano consecutivo. O total dos gastos relacionados a eles atingiram cerca de 4,9 bilhões de dólares, uma queda de 13,6% em relação a 2020.

"Mesmo que os clubes precisassem renovar seus elencos, eles não estavam tão inclinados a pagar taxas de transferência, o que levou o montante total global em 2021 a atingir seu nível mais baixo em cinco anos", indicou o "Global Transfer Report". Como de costume, a grande maioria das mudanças de clube foi feita sem compensação de transferência (87,7%). Ou seja, apenas 12,3% das movimentações de jogadores indicadas pela Fifa (2.230) tiveram dinheiro envolvido.

Nestas transferências de pagamento, o custo médio caiu significativamente em 2021, ficando em 300 mil dólares, valor que lembra os de uma década atrás. As dez maiores transferências, sozinhas, representam 15% dos valores das transações. A transferência do atacante belga Romelu Lukaku, da Inter de Milão para o Chelsea, por 115 milhões de euros (131 milhões de dólares), segundo a imprensa, foi a mais cara registrada em 2021.